Confrontos étnicos em região etíope provocam 15 mortos

Confrontos étnicos provocaram a morte a pelo menos 15 pessoas, entre as quais um polícia, no episódio mais recente desta violência, que já causou centenas de vítimas, na região etíope de Amhara, anunciaram hoje dirigentes administrativos locais.

Tigray. Sudão estima que 200 mil etíopes possam atravessar a fronteira

© DUARDO SOTERAS/AFP via Getty Images

Lusa
19/04/2021 23:38 ‧ 19/04/2021 por Lusa

Mundo

Amhara

Várias dezenas de habitações foram reduzidas a cinzas e milhares de habitantes fugiram desde quarta-feira, a maior parte dos quais refugiou-se em escolas e estádios, segundos estes dirigentes.

"Tratei mais de 30 feridos e mais de dez pessoas foram mortas", disse à AFP Wondwossen Zeleke, responsável médico de Anstoka, distrito da zona administrativa do Shoa do Norte, referindo "matanças, deslocações e incêndios de habitações a grande escala sem precedente".

Acrescentou ainda que "todas as vítimas foram atingidas por balas".

Em Majeté, localidade do Shoa do Norte, quatro agricultores foram mortos e um polícia abatido, durante dois acontecimentos distintos, disse um dirigente municipal à AFP.

Estes dois dirigentes acrescentaram que admitem um balanço bem mais pesado.

O principal mediador etíope, Endale Haile, indicou à AFP, no início de abril, que mais de 300 pessoas tinham falecido e outras 300 sido feridas, durante vários dias de violência em março em duas zonas administrativas de Amhara, do de Shoa do Norte e a zona especial de Oromo.

O exército etíope anunciou no domingo que deslocou tropas para Amhara para controlar a violência entre as etnias Oromo e Amhara, as duas maiores do país, depois de novos confrontos.

A Amhara, uma das dez regiões administrativas da Etiópia, cortadas ao longo de linhas étnicas, é povoada essencialmente de Amharas, mas a zona especial de Oromo, que é limítrofe do Shoa do Norte, é povoada por Oromos.

Ahmed Abiy, um Oromo, é primeiro-ministro desde 2018, depois de uma longa contestação de jovens amhara e oromo contra cerca de 30 anos de poder, exercido com mão de ferro, da elite do Tigré.

A sua política de abertura despertou antigos diferendos comunitários e ambições territoriais locais, que resultaram em violências e mortes.

Alguns analistas receiam o agravamento da situação, com o aproximar das eleições legislativas e regionais, marcadas para 05 de junho,

Leia Também: Etiópia. Confrontos entre grupos énicos fizeram 300 mortos em março

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