Libertados polícias feitos reféns no Paquistão em protestos contra França
Os 11 polícias paquistaneses sequestrados por manifestantes anti-França de um partido islamita radical foram libertados após negociações, disse hoje o Ministério do Interior daquele país asiático.
© Getty
Mundo Protestos
Os polícias tinham sido feitos reféns no domingo pelo Tehreek-e-Labbaik Party (TLP), durante protestos violentos em Lahore.
Um vídeo colocado 'online' no domingo, cuja autenticidade foi confirmada à agência de notícias France-Presse (AFP) pela polícia de Lahore, mostrava agentes feridos, alguns ensanguentados e com contusões visíveis, com ligaduras à volta da cabeça.
O Ministro do Interior, Sheikh Rashid Ahmed, disse que os polícias foram libertados no início do dia de hoje após "negociações" com o TLP, que foi oficialmente banido na semana passada pelo Governo, que o classificou de organização terrorista.
Os agentes foram sequestrados numa mesquita pertencente ao TLP, onde se reuniram os apoiantes do movimento, encontrando-se o local cercado pela polícia.
"As negociações foram iniciadas com o TLP, a primeira parte foi concluída com sucesso", disse Rashid num vídeo na rede social Twitter. "Eles libertaram os 11 polícias que tinham sido feitos reféns", informou.
نیوز اپڈیٹ
— Sheikh Rashid Ahmed (@ShkhRasheed) April 18, 2021
اسلام آباد: 19 اپریل
وفاقی وزیر داخلہ شیخ رشید احمد کا اہم ویڈیو پیغام جاری pic.twitter.com/kvXqVjWP9U
Os islamitas protestam desde 12 de abril contra a prisão do seu líder, detido por ter exigido a expulsão do embaixador francês, tendo exigido até a 20 de abril para que fosse expulso o embaixador francês.
Manifestações anti-francesas tiveram lugar em várias cidades do país, resultando na morte de seis polícias e levando a embaixada francesa a apelar aos cidadãos franceses para que abandonassem temporariamente o país.
O partido tem estado na vanguarda de uma campanha anti-França que dura há meses, desde que o Presidente, Emmanuel Macron, defendeu o direito à caricatura em nome da liberdade de expressão.
O líder francês tinha falado durante uma homenagem a um professor morto a 16 de outubro depois de mostrar desenhos satíricos à sua turma, na sequência da republicação de representações do Profeta Maomé pela revista Charlie Hebdo.
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