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Aviões de combate chineses rondaram Taiwan após críticas dos EUA à China

Um número recorde de 25 aviões de combate chineses rondaram hoje o espaço aéreo de Taiwan, depois de o secretário de Estado dos Estados Unidos ter criticado a China pelas suas "ações cada vez mais agressivas" contra Taiwan.

Aviões de combate chineses rondaram Taiwan após críticas dos EUA à China
Notícias ao Minuto

06:20 - 13/04/21 por Lusa

Mundo Aviões de combate

Segundo o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan, os aparelhos do Exército de Libertação do Povo, da República Popular da China, envolvidos nas manobras foram 14 caças J-16, 4 caças J-10, quatro bombardeiros H-6K, dois Y-8 anti-submarino e um KJ-500 de vigilância. 

A Força Aérea de Taiwan respondeu colocando no ar caças para seguir os movimentos dos aviões chineses, lançando alertas através da rádio e mobilizando defesas aéreas. 

A aproximação de aviões de combate chineses a Taiwan tem sido quase diária nos últimos meses, coincidindo com medidas de apoio norte-americanas ao arquipélago, cuja soberania a China reclama.

Desde que em setembro de 2020 a Defesa taiwanesa começou a publicar dados sobre os movimentos da força aérea chinesa na sua Zona de Identificação Aérea, a penetração de aparelhos hoje registada foi a maior, suplantando a de 26 de março, depois de assinado em Washington um acordo de cooperação marítima entre os Governos norte-americano e taiwanês.    

Numa entrevista no domingo, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou à NBC que "seria um erro grave alguém tentar mudar o status quo (de Taiwan) pela força".

Após a entrevista, o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan (MOFA) emitiu uma declaração expressando o seu apreço pelo apoio de Blinken a Taiwan e o reconhecimento pelos EUA da importância da paz e estabilidade no Estreito de Taiwan.

Numa inversão na tradicional política de primazia à capacidade de defesa de Taiwan face a uma possível invasão da China - que nunca excluiu o uso de força militar para "reunificar" a ilha - a presidente taiwanesa Tsai Ing-wen estabeleceu como prioridade o desenvolvimento de capacidade dissuasora "assimétrica".

O Departamento de Estado norte-americano anunciou na semana passada que vai facilitar os contactos entre responsáveis dos EUA e representantes de Taiwan, ignorando assim as pressões chinesas.

Os EUA vão continuar a reconhecer em Pequim o governo legítimo chinês, como o fazem desde 1979, mas devem acabar com as regras que restringem os contactos com Taipé.

"Estas novas regras aliviam as diretivas sobre contactos com Taiwan, em adequação com as nossas relações oficiosas", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

Leia Também: EUA facilitam contacto entre seus responsáveis e representantes de Taiwan

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