Numa conferência de imprensa, destacaram a sua visão de que, para sair da atual crise desencadeada pela pandemia de covid-19, a Europa precisa de um "renascimento" dos valores tradicionais.
"Precisamos de um renascimento europeu que se concentre em valores tradicionais como liberdade, família e direitos", indicou Salvini.
A ideia é que não seja "só a esquerda a determinar o futuro", defendeu, considerando que se deve "oferecer uma alternativa à esquerda que questione as raízes (da Europa)".
Para isso acontecer, assegurou que haverá cooperação entre o seu partido, o Fidesz, de Orbán, e a formação Lei e Justiça (PiS), de Morawiecki.
Os três políticos já tinham adiantado, antes da reunião de hoje, que iriam avaliar as possibilidades de cooperação no Parlamento Europeu, após a saída do Fidesz do Partido Popular Europeu (PPE).
"Nós reunimo-nos para que possamos planear o futuro em conjunto", afirmou Orbán, acrescentando que atualmente "há milhões de europeus sem representação política".
De acordo com o primeiro-ministro húngaro, o PPE "comprometeu-se com a esquerda", por isso os "democratas-cristãos não têm representação".
O líder húngaro rejeitou a suposta postulação de que "a direita só tem extremos e a esquerda só tem o centro", numa clara alusão ao fato de os três líderes serem considerados ultranacionalistas e de extrema-direita.
Orbán admitiu que a cooperação tripartida será "o início de um longo caminho".
Por seu lado, Morawiecki reiterou que a "União Europeia está atualmente desintegrada" e que os três aspiram "representar as pessoas mais diferentes num espetro amplo".
Os três líderes adiantaram que vão reunir-se novamente em maio para aprofundar a mencionada cooperação.
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