É extremamente raro que um número tão elevado de presos condenados por atentado à segurança do Estado beneficie de semelhantes medidas no Irão, onde as autoridades afirmam que não detêm "presos políticos".
O 'ayatollah' Ali Khamenei, guia supremo da República Islâmica, "aceitou conceder a sua graça ou uma redução de pena a 1.849 condenados", indicou a Mizan Online, agência oficial da Autoridade judicial.
Esta medida foi tomada por ocasião do aniversário do nascimento do Mahdi, o imã redentor, que para os xiitas duodecimais deverá regressar no fim dos tempos para inaugurar um reino de justiça.
"Cem condenados por motivos relacionados com a segurança do Estado incluem-se igualmente nesta lista de perdão, onde também consta um certo número de pessoas condenadas em ligação com os acontecimentos de novembro de 2019", acrescentou a Mizan, sem mais detalhes.
Em novembro de 2019, o anúncio de um forte aumento dos preços da gasolina originou uma vaga de contestação em mais de 100 localidades, durante reprimida.
A Amnistia Internacional referiu-se a 304 mortos, enquanto as autoridades avançaram com o número de 230 mortos em "tumultos".
Segundo a ONU, ocorreram "detenções massivas" em número indeterminado, ignorando-se ainda o número de pessoas detidas no Irão em ligação com esta vaga de contestação.
O guia supremo concede anualmente diversos agraciamentos coletivos por ocasião das festas religiosas ou nacionais, sob proposta do responsável pela Autoridade judicial.
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