O 'mayor' Bill de Blasio sublinhou que espera, com a medida, servir de exemplo para convencer as empresas a também regressarem à normalidade, depois de Nova Iorque ter sido uma das cidades dos Estados Unidos mais atingidas pela pandemia de covid-19.

"As pessoas que trabalham nos gabinetes regressarão a 03 de maio", referiu o democrata de Blasio, assegurando que o regresso contará com medidas de segurança contra o novo coronavírus, como o distanciamento social e a ventilação.

Segundo o 'mayor' nova-iorquino, a cidade precisa que todos os trabalhadores voltem aos seus postos de trabalho para "poderem servir adequadamente a população", manifestando a esperança de que a medida constitua, paralelamente, uma "forte mensagem" para a reabertura da "Big Apple" e para uma "plena recuperação".

Estes cerca de 80.000 funcionários têm estado em teletrabalho desde o início da pandemia, em março de 2020, enquanto, segundo reporta a agência noticiosa espanhola EFE, grande parte dos cerca de 300.000 funcionários públicos da cidade já estão a trabalhar nos seus postos, desde polícias aos que recolhem o lixo.

"As empresas estão a reparar que é hora de regressar", defendeu de Blasio, que destacou o progresso nas campanhas de vacinação contra a covid-19 como um "elemento-chave".

Até agora, apenas uma minoria das empresas com escritórios em Nova Iorque regressou à normalidade e, segundo uma investigação recente feita na cidade, há um grande número de trabalhadores que espera continuar em teletrabalho num futuro próximo.

Representantes empresariais, sobretudo do setor imobiliário, alertam que a reabertura dos escritórios é vital para a recuperação económica de Nova Iorque, o grande motor da economia dos Estados Unidos e de cujos cofres municipais dependem em grande medida os impostos sobre a propriedade.

Algumas vozes, porém, têm alertado que o regresso a uma certa normalidade pode ser prematuro, uma vez que o número de novos casos de covid-19 continua num patamar elevado e que grande parte da população depende do transporte público para chegar ao trabalho, o que pode aumentar as infeções.

Segundo os dados oficiais norte-americanos mais recentes, a cidade de Nova Iorque acumulou desde o início da pandemia quase 800 mil casos de covid-19, tendo morrido cerca de 30.500 infetados.

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado do mundo, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 542.949 mortes e 29.869.514 casos, segundo os dados da universidade Johns Hopkins.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.732.899 mortos no mundo, resultantes de cerca de 123,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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