Coreia do Norte tem de responder "construtivamente" a abertura
O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, revelou segunda-feira que a Coreia do Norte continua a ignorar as abordagens diplomáticas norte-americanas, sublinhando esperar que o regime de Kim Jong-Un responda "de maneira construtiva".
© Jim Lo Scalzo/EPA/Bloomberg via Getty Images
Mundo Jake Sullivan
"Queremos certificar-nos de que estamos a unir esforços com os nossos aliados, Japão e Coreia do Sul, e a abordar outros atores regionais, incluindo a China e Rússia, num processo que mostre que em última instância compete à Coreia do Norte avançar e agir de maneira construtiva", disse Sullivan em entrevista ao canal de televisão MSNBC.
Apesar de declarações públicas de altos responsáveis do regime norte-coreano, incluindo da irmã do líder Kim Jong-un, não houve até agora resposta através dos canais diplomáticos usados pelos Estados Unidos para encetar contactos, tendo em vista o relançamento do processo de desnuclearização, avançou Sullivan.
"Entretanto, os Estados Unidos vão continuar firmemente a posicionar-se na sua própria Defesa e na dos seus aliados e parceiros", adiantou o conselheiro de Segurança Nacional norte-americano.
Na semana passada, O ministro norte-coreano Choe Son Hui afirmou à agência noticiosa estatal norte-coreana, KCNA, que "não poderá haver qualquer contato ou diálogo entre a Coreia do Norte e Estados Unidos até que os EUA terminem com a sua política hostil em relação à Coreia do Norte".
Antes, a irmã do líder comunista norte-coreano, Kim Yo-jong, havia alertado "o novo governo dos EUA para que, se quiser a paz, deve evitar `causar mau cheiro'".
O ex-presidente Donald Trump realizou três cimeiras com Kim Jong-un, e ambos os líderes mantiveram contacto, mas a recusa pelos Estados Unidos de pedidos norte-coreanos para abrandamento das sanções sobre o país terão motivado um afastamento.
Washington condicionou o abrandamento de sanções a medidas do regime norte-coreano para desmantelar seu programa nuclear, o que Kim Jong-un se recusou a fazer.
Durante uma reunião com o seu homólogo sul-coreano, Chung Eui-yong, em Seul, secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse na semana passada que o regime de Pyongyang "continua a cometer abusos sistemáticos e generalizados" contra o povo norte-coreano.
Nos contactos diplomáticos China-Estados Unidos que decorreram no Alasca, reunião que começou de forma fria mas que terminou com a criação de um grupo de trabalho sobre alterações climáticas, os assuntos sobre a Coreia do Norte foram abordados pelas duas partes, informou no sábado a televisão chinesa CCTV.
Hoje, o Presidente chinês, Xi Jinping, comunicou ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, que a China está disposta a trabalhar com a Coreia do Norte e "outras partes implicadas" para resolver o problema da Península da Coreia.
De acordo com a Agência Nova China, Xi Jinping e Kim Jong-Un "trocaram mensagens verbais" na embaixada de Pyongyang em Pequim dois dias depois das conversações no Alasca entre as delegações dos Estados Unidos e da República Popular da China.
Por outro lado, segundo o jornal Global Times, Kim Jung-un assegurou que deseja fortalecer "os laços entre a China e a Coreia do Norte, numa postura inquebrável do país e do povo".
O Presidente da Coreia do Sul, Mon Jae-in, disse em janeiro que o Governo de Seul continua disposto a reunir-se com representantes norte-coreanos "onde e quando seja" para reativar os laços e o processo de desarmamento de Pyongyang, num momento em que o diálogo está praticamente congelado.
O líder norte-coreano não fechou a porta ao restabelecimento do diálogo com Seul, mas instou a Coreia do Sul a abandonar as manobras militares conjuntas com os Estados Unidos como condição para voltar a retomar os contactos.
A pandemia de covid-19 levou a Coreia do Norte a encerrar as fronteiras para evitar a propagação da doença no país o que contribuiu para encerrar ainda mais o regime tendo mesmo recusado ajuda sanitária oferecida pela Coreia do Sul.
Seul e Pyongyang continuam tecnicamente em estado de guerra.
O conflito que se travou entre 1950 e 1953 acabou com um cessar-fogo em vez de um tratado de paz.
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