Guterres "entristecido" com morte de Presidente tanzaniano John Magufuli
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, está "entristecido" com a morte do Presidente tanzaniano, John Magufuli, anunciada na quarta-feira pela sua vice-presidente, revelou hoje fonte oficial.
© Steffi Loos/Getty Images
Mundo Guterres
"O secretário-geral, António Guterres, ficou entristecido ao saber da morte de John Pombe Joseph Magufuli, Presidente da Tanzânia. Ele envia as suas mais profundas condolências à família do Presidente e ao Governo e povo da Tanzânia", referiu uma publicação do seu porta-voz na plataforma social Twitter.
Magufuli morreu na quarta-feira, aos 61 anos, devido a doença cardíaca em Dar es Salaam, capital económica da Tanzânia, segundo a vice-presidente tanzaniana, Samia Suluhu Hassan.
De acordo com a governante, o Presidente estava internado num hospital desde a semana passada por doença e "tinha um problema cardíaco há vários anos".
Suluhu disse que o chefe de Estado morreu no Hospital Emilio Mzena, uma estrutura governamental em Dar es Salaam, onde estava a ser tratado, adiantando que sofreu de problemas cardíacos durante 10 anos.
"O país ficará de luto durante duas semanas", acrescentou Suhulu.
Magufuli, que não aparecia em público desde 27 de fevereiro dando azo a vários rumores sobre a sua saúde, morreu em Dar es Salaam, capital económica de Tanzânia, precisou Suhulu.
Há semanas que circulavam rumores sobre a saúde de Magufuli, que davam conta de que teria procurado ajuda médica no estrangeiro, depois de ter sido infetado com o novo coronavírus, de acordo com a oposição no país.
Magufuli era um dos mais proeminentes negacionistas africanos dos efeitos do novo coronavírus, tendo afirmado que a Tanzânia estava "livre" de covid-19, em virtude das orações dos tanzanianos.
Reeleito em outubro, Magufuli, apelidado de "bulldozer", chegou ao poder em 2015, prometendo combater a corrupção.
O seu primeiro mandato foi marcado, segundo muitas organizações de direitos humanos, por uma deriva autoritária, repetidos ataques à oposição e o recuo das liberdades fundamentais.
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