Polícia turca deteve 13 pessoas por supostos insultos ao Presidente
A polícia turca deteve 13 pessoas que participaram numa marcha do Dia da Mulher por supostamente terem insultado o Presidente Recep Tayyip Erdogan, disseram hoje as autoridades e meios de comunicação social turcos.
© Reuters
Mundo Turquia
Milhares de manifestantes marcharam numa rua no centro de Istambul na segunda-feira para denunciar a violência de género na Turquia, onde mais de 400 mulheres foram mortas no ano passado.
Ao contrário dos anos anteriores, quando a polícia interrompeu manifestações semelhantes, a marcha terminou de forma pacífica.
Posteriormente, a polícia inspecionou vídeos da manifestação e, na quarta-feira, deteve 13 pessoas - incluindo um menor - que participaram no protesto, disse o gabinete do autarca de Istambul.
As autoridades disseram que o grupo cantou "frases", mas não especificou exatamente do que se tratava.
O jornal Cumhuriyet e outros meios de comunicação social turcos disseram que os suspeitos foram detidos para interrogatório em relação a frases consideradas insultuosas ao Presidente da Turquia, Erdogan.
Insultar o Presidente é um crime na Turquia, punível com até quatro anos de prisão.
Milhares de pessoas, incluindo jornalistas, políticos, atores e menores em idade escolar foram processados por supostos insultos a Erdogan.
As detenções ocorreram apesar da promessa de Erdogan na semana passada de aprovar reformas relacionadas com os Direitos Humanos, incluindo a liberdade de expressão.
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