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Membro do partido de Suu Kyi foi morto após ser detido em Myanmar

Zaw Miat Lynn alegadamente foi vítima de tortura sob custódia das forças da junta militar. No espaço de poucos dias é o segundo membro do National League for Democracy (NLD) morto após ser detido.

Membro do partido de Suu Kyi foi morto após ser detido em Myanmar
Notícias ao Minuto

09:17 - 10/03/21 por Notícias ao Minuto

Mundo Protestos Myanmar

Um membro do partido de Aung San Suu Kyi foi morto após ter sido detido pelas forças de autoridade leais à junta militar de Myanmar. De acordo com a Reuters, Zaw Miat Lynn alegadamente foi vítima de tortura sob custódia e morreu esta terça-feira, depois de ter sido detido na maior cidade do país, Yangon.

“Zaw Miat Lynn, que era o diretor do instituto de educação, foi hoje anunciado morto devido a lesões consistentes com tortura após um raide arbitrário durante a noite”, afirmou a organização não-governamental Assistance Association for Political Prisoners (AAPP), que acrescentou que Lynn foi espancado.

Foi o segundo membro do partido National League for Democracy (NLD) a morrer quando estava detido, e em circunstâncias suspeitas, num curto período de tempo. No passado sábado, Khin Maung Latt, o presidente da NLD de Yangon, também foi morto após ser detido pelas forças da junta militar.

Antes de ser detido, Zaw Miat Lynn fez uma publicação em direto no Facebook na qual encorajou “todos os cidadãos do país a protestarem dia e noite, durante 24 horas, contra a ditadura”. Lynn apelou ao povo birmanês para continuar a lutar contra o exército.

“Estamos a mostrar à comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas e outras agências, que nós, cidadãos de Myanmar, queremos a democracia e que a valorizamos como a coisa mais preciosa nas nossas vidas”, frisou o membro da NLD.

Muitas pessoas têm sido detidas pela polícia e pelo exército durante raides noturnos arbitrários. As suas famílias não sabem onde estão detidos ou em que condições se encontram, revelaram as Nações Unidas.

Para além destas detenções, a junta militar tem vindo a aumentar o nível de repressão dos protestos em Myanmar. A polícia e o exército têm frequentemente recorrido a munições reais para dispersar os protestos que decorrem no país desde o golpe militar no início de fevereiro, que derrubou o governo democraticamente eleito do partido de Aung San Suu Kyi, a NLD.

Pelo menos 54 pessoas foram mortas durante os protestos, segundo os dados das Nações Unidas. No entanto, os ativistas sublinham que o número de vítimas é mais elevado.

Leia Também: Myanmar. Manifestações prosseguem apesar da intensificação da repressão

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