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Ex-líderes das FARC e dos paramilitares querem falar sobre conflito

BoA Comissão da Verdade aceitou o encontro público proposto pelo ex-chefe das Forças Armadas Revolucionárias (FARC) e pelo ex-comandante das Autodefesas Unidas (AUC), como contributo para apurar a verdade sobre o conflito armado na Colômbia.

Ex-líderes das FARC e dos paramilitares querem falar sobre conflito
Notícias ao Minuto

06:21 - 10/03/21 por Lusa

Mundo Colômbia

Salvatore Mancuso (AUC), que foi o último chefe dos paramilitares da AUC, e Londono (FARC) foram inimigos de morte, nos seus anos de confronto, e falaram pela primeira vez em julho, durante um telefonema em que manifestaram a necessidade de contar a verdade às vítimas.

Na semana passada, ambos solicitaram, em cartas separadas, ao presidente da Comissão da Verdade, o sacerdote jesuíta Francisco De Roux, que promovesse encontros em que os atores do conflito oferecessem a verdade completa "sem enviesamentos nem manipulações", assumindo as suas responsabilidades.

O religioso jesuíta já adiantou que a Comissão, ao acolher a proposta, já "pôs em marcha os preparativos" para a "planificação do evento que inclui reuniões privadas e públicas".

Rodrigo Londono, presidente do partido Comuns, criado depois do acordo de paz assinado em novembro de 2016 entre o governo e as FARC, dirigiu uma carta a De Roux, há uma semana, para solicitar um espaço público no qual pudesse, com Mancuso, ser ouvido pela Comissão da Verdade.

Mancuso, que acaba de cumprir uma pena de prisão nos EUA por tráfico de droga, também escreveu a De Roux, no início do mês, para lhe solicitar "que a Comissão da Verdade promove os encontros onde estejam os atores do conflito armado, para reconstruir e contar a verdade sobre diferentes factos de interesse para as vítimas e o país".

Mancuso e outros 13 dirigentes das AUC foram extraditados para os EUA, em 13 de maio de 2008, em aviões da agência antidroga dos EUA (DEA, na sigla em Inglês), sob autorização do então presidente Álvaro Uribe (2002-2010).

O ex-líder paramilitar foi condenado pelo Tribunal do Distrito de Colúmbia a 15 anos e 10 meses por tráfico de droga, mas foi libertado por redução de pena e a justiça está a apreciar se o extradita para a Colômbia ou Itália, uma vez também tem esta nacionalidade.

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