Nuclear: Irão aceita "reuniões técnicas" com a AIEA no início de abril
O Irão aceitou iniciar um processo de "reuniões técnicas" com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para "clarificar várias questões pendentes", anunciou hoje o diretor-geral da agência da ONU.
© Reuters
Mundo Irão
"Finalmente conseguimos chegar a acordo para lançar um processo de análise aprofundada" sobre "casos concretos" que colocam problemas ao programa nuclear, declarou Rafael Grossi à imprensa, precisando que uma primeira reunião deve realizar-se "no início de abril no Irão".
Antes, fontes diplomáticas tinham indicado que os signatários europeus do acordo de 2015, Alemanha, França e Reino Unido, tinham decidido não apresentar ao Conselho dos Governadores da AIEA um projeto de resolução condenando a decisão do Irão de suspender certas inspeções ao seu programa nuclear, texto que era apoiado pelos Estados Unidos.
Teerão apressou-se a saudar a decisão dos europeus, considerando o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Said Khatibzadeh, que a mesma "pode manter aberto o caminho da diplomacia" entre a República Islâmica e a AIEA.
Concluído em Viena entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes da ONU -Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China -mais a Alemanha), o acordo de 2015 designado Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA na sigla em inglês) pretende limitar o programa nuclear da República Islâmica em troca do levantamento de sanções internacionais.
Mas o ex-presidente norte-americano, Donald Trump, retirou unilateralmente os Estados Unidos do acordo em 2018 e restabeleceu duras sanções.
Em resposta, Teerão tem deixado de cumprir progressivamente desde 2019 as suas obrigações no âmbito do pacto e suspendeu a semana passada algumas inspeções da AIEA.
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