Argélia: Dois anos de prisão efetiva para ativista do 'Hirak'
A justiça da Argélia condenou hoje o ativista Brahin Laalami, uma das figuras do movimento de protesto anti-regime ('Hirak'), a dois anos de prisão efetiva, indicaram várias fontes.
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Mundo Argélia
O tribunal de Bordj Bou Arreridj, perto de Argel, impôs a Chems Eddine Laalami, dito Brahim, uma pena de dois anos de prisão efetiva e uma multa de 200.000 dinares (1.250 euros), indicou o Comité Nacional para a Libertação dos Detidos através da rede social Facebook.
Laalami, 29 anos, estava detido desde 09 de setembro de 2020 e foi condenado por "ofensa ao Presidente da República", "ultraje a instituição" e "publicação de informações falsas", disse à agência France-Presse Mounir Gharbi, advogado e membro do coletivo de defesa do acusado.
O Ministério Público tinha pedido quatro anos de prisão efetiva e uma multa de 500.000 dinares.
A sentença é dada a uma semana do segundo aniversário do 'Hirak', a revolta popular desencadeada a 22 de fevereiro de 2019, num clima de crispação do poder confrontado com uma crise política, socioeconómica e sanitária.
Brahim Laalami já tinha sido condenado a três anos de prisão em julgamentos anteriores.
"Boicotámos o julgamento porque consideramos que não havia garantias de um processo justo", explicou Gharbi.
"Esta nova condenação confirma os nossos receios: Brahim Laalami é vítima de assédio judicial", disse Said Salhi, vice-presidente da Liga Argelina de Defesa dos Direitos Humanos.
Mais de 70 pessoas estão detidas atualmente na Argélia em processos relacionados com os protestos do 'Hirak' e/ou com liberdades individuais.
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