"Sem medidas práticas no terreno que levem à paz real, qualquer declaração, por mais positiva que seja, não faz sentido", disse o negociador-chefe e principal porta-voz do movimento Huthi, Muhamad Abdusalam, numa mensagem na sua conta do Twitter, citada pela agência Efe.
Em reação à decisão de retirar os Huthis da lista de organizações terroristas anunciada na sexta-feira pelo Departamento de Estado dos EUA, Muhamad Abdusalam pediu para que se acabe com a "agressão e o bloqueio" ao povo do Iémen, com o objetivo de que a paz seja "alcançada para todos".
Abdusalam argumentou que as operações militares dos Houtis "são meras ações defensivas e continuarão até que o agressor pare de agredir e tire o bloqueio".
Numa outra mensagem, colocada também na rede social Twiter na passada sexta-feira, o membro do Conselho Presidencial Huthi Mohamed Ali al Huti assegurava que estavam a aguardar "novas decisões" dos EUA.
Al Huti exigiu o fim "da agressão e do bloqueio aéreo e marítimo dos portos da República do Iémen e o fim do aumento da fome como resultado das restrições impostas" pela coligação liderada pela Arábia Saudita.
A guerra no Iémen começou no final de 2014, quando os rebeldes Huthis conquistaram grandes áreas no oeste e norte do país, incluindo sua capital, Saná, agravando-se em 2015 com a intervenção da Coligação liderada pela Arábia Saudita.
Apesar de haver conversações entre os atores do conflito para um acordo de paz, até o momento o principal resultado delas tem sido a troca de prisioneiros de guerra.
A coligação árabe denunciou hoje um ataque ao aeroporto internacional de Abha, no sul da Arábia Saudita, com um 'drone' carregado de explosivos, atribuindo a ofensiva ao movimento rebelde Huthi.