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Protestos em vários estados no Sudão contra degradação da economia

Vários estados do Sudão foram hoje palco de uma nova onda de manifestações devido à deterioração da situação económica do país e escassez de bens e serviços básicos, tendo as forças de segurança tentado dispersar os protestos.

Protestos em vários estados no Sudão contra degradação da economia
Notícias ao Minuto

18:28 - 09/02/21 por Lusa

Mundo Sudão

No estado de Darfur do Sul (oeste do país), cerca de 5.000 estudantes marcharam na cidade de Niyala e alguns "sabotaram bancos, lojas e armazéns, bem como a sede do Governo", disse à agência Efe uma fonte policial não identificada.

A mesma fonte acrescentou que a polícia respondeu com "gases lacrimogéneos" para dispersar os manifestantes, que queimaram pneus de forma a impedirem o acesso a ruas.

Testemunhas afirmaram à Efe que as forças de segurança sudanesas também "dispararam para o ar" para dispersar a multidão e que houve confrontos entre manifestantes e polícia, que fechou o principal mercado da cidade e barricou algumas ruas.

Este novo dia de protestos atingiu também as cidades de Port Sudan, capital do estado do Mar Vermelho, e do Cordofão do Norte, onde as autoridades locais encerraram escolas e lojas e impuseram um recolher obrigatório devido à violência nas manifestações.

No Cordofão do Norte, os manifestantes saíram às ruas apesar do estado de emergência declarado pelas autoridades na véspera devido a incidentes violentos nos últimos dias.

A escassez e o elevado custo de produtos básicos -- como farinha e combustível -- têm sido um problema que tem sobrecarregado os sudaneses, um povo que no final de 2018 iniciou protestos pelos mesmos motivos e que culminaram com o afastamento do autocrata Omar al-Bashir, em abril de 2019.

O recém-nomeado ministro das Finanças Gibril Ibrahim disse hoje, através da plataforma Twitter, que o Governo "não fechará os olhos até ao fim das filas de espera por pão e combustível e até ao fornecimento de medicamentos a um preço acessível".

Na segunda-feira, o primeiro-ministro, Abdalla Hamdok anunciou uma remodelação do seu executivo, que passou a incluir líderes rebeldes e membros da sociedade civil, numa tentativa de alcançar reformas perante a grave crise económica no país.

No passado mês de dezembro, a inflação foi de 269%.

No mesmo mês, os Estados Unidos da América anunciaram a retirada do país da lista de Estados patrocinadores do terrorismo, uma iniciativa que permite agora ao Sudão estabelecer acordos de ajuda financeira com instituições internacionais.

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