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Líder trabalhista holandês demite-se após escândalo administrativo

O líder do Partido Trabalhista holandês (PvdA), Lodewijk Asscher, anunciou hoje a sua demissão, na sequência de um escândalo relacionado com as autoridades tributárias do país que está a agitar o Governo de centro-direita.

Líder trabalhista holandês demite-se após escândalo administrativo
Notícias ao Minuto

15:06 - 14/01/21 por Lusa

Mundo Holanda

Segundo os 'media' holandeses, o executivo de centro-direita liderado pelo primeiro-ministro Mark Rutte deverá decidir na sexta-feira se apresenta ou não a demissão em virtude deste caso que envolve os serviços tributários holandeses e a acusação indevida de milhares de famílias de fraude em relação a atribuição de abonos para crianças e jovens.

O caso veio a público através de um relatório de uma comissão de inquérito parlamentar divulgado em dezembro.

De acordo com o documento, entre 2013 e 2019, pelo menos, os serviços fiscais holandeses terão acusado injustamente milhares de pais de fraude em relação a atribuição de apoios, tendo cancelado os respetivos abonos e exigido às famílias, muitas delas com graves problemas financeiros, a devolução (com retroativos de vários anos) dos subsídios.

Em alguns casos, o montante a devolver pelas famílias rondava as dezenas de milhares de euros.

Durante uma grande parte deste período, o Ministério dos Assuntos Sociais e do Trabalho holandês foi tutelado pelo trabalhista Lodewijk Asscher.

Num vídeo hoje divulgado na rede social Facebook, Lodewijk Asscher justificou que "as recentes discussões sobre o (seu) papel neste caso" não lhe permitiam continuar na liderança do PvdA, que assumiu em 2016.

O político negou ter tido conhecimento de que a autoridade fiscal holandesa estava "a perseguir erradamente milhares de famílias", admitindo, porém, que um sistema com falhas "fez do Governo um inimigo do seu povo".

Lodewijk Asscher informou igualmente que não será candidato a uma eventual reeleição e que se retira da liderança da lista do partido nas próximas eleições legislativas, previstas para 17 de março.

O trabalhista mantém, no entanto, o seu lugar como deputado na câmara baixa do Parlamento holandês até às eleições, que devem determinar a composição do próximo Governo.

Através da rede social Twitter, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte (no poder desde 2010), agradeceu ao seu antigo ministro pelo "tremendo compromisso", mencionando uma "decisão difícil" perante o anúncio de Lodewijk Asscher.

Na terça-feira, Mark Rutte afirmou esperar que o seu Governo, com renúncia ou não, continue a tomar as decisões necessárias para a gestão da atual crise sanitária da doença covid-19.

SCA // ANP

Lusa/Fim

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