Contrariamente ao que tem sido habitual, o presidente do PE, David Sassoli, irá abrir a sessão plenária a partir de Estrasburgo, a sede principal do PE que não recebe os eurodeputados desde fevereiro devido à situação pandémica, regressando depois a Bruxelas para retomar os procedimentos com o resto dos eurodeputados.
Através da rede social Twitter, Sassoli justificou a decisão referindo que a "cidade de Estrasburgo se mantém uma das casas do Parlamento Europeu", onde os eurodeputados querem "regressar brevemente".
Entre os temas fortes na agenda da próxima semana, está a entrega do prémio Sakharov 2020.
Atribuído em outubro a representantes da oposição bielorrussa -- entre as quais a candidata à Presidência do país, Svetlana Tikhanovskaya -- Sassoli irá entregar o galardão a Tikhanovskaya mas também a Veranika Tsapakala, ativista política bielorrussa.
O PE prevê também o debate e a votação do acordo sobre o orçamento e o fundo de recuperação da UE alcançado esta semana durante a cimeira dos líderes dos 27, caso o Conselho da UE "remeta ao PE os textos dos regulamentos" aprovados a tempo, refere assembleia.
Está também agendado um debate, na quarta-feira, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, acerca das conclusões da cimeira, nomeadamente sobre o clima -- os 27 aprovaram um novo corte de emissões de 55% até 2030 -- e sobre a situação no Mediterrâneo Oriental.
A assembleia debruçar-se-á ainda sobre a situação pandémica, discutindo, na próxima quarta-feira, o acesso a uma vacinação justa, devendo os eurodeputados apelar a uma "abordagem europeia que garanta o aceso a vacinas seguras em toda a UE".
O PE abordará ainda a deterioração da situação no norte de Moçambique na terça-feira, num debate com o Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell.