"Em 28 de novembro, ao início da tarde, homens armados chegaram em motos e fizeram um ataque brutal contra homens e mulheres que trabalhavam nos campos em Koshobe", disse o coordenador humanitário da ONU na Nigéria, Edward Kallon.
Segundo o comunicado, "pelo menos 110 civis foram mortos friamente e muitos outros feridos neste ataque".
O comunicado da ONU não menciona o grupo 'jihadista' Boko Haran, que há mais de 10 anos tem intensificado os ataques nesta região e que controla parte do território, mas a presença no território do Boko Haram sustenta a suspeita.
O ataque ocorreu num arrozal localizado a menos de 10 quilómetros de Maiduguri, capital do estado de Borno, foco da insurgência islâmica, tendo as primeiras informações apontado para 43 agricultores mortos.
Hoje, o governador do estado de Borno anunciou que o número de agricultores que tinham morrido neste ataque aumentou para 70.
"O número de mortes ontem [sábado] era de 43, mas já fui informado, quando cheguei, de que já são 70 mortos", adiantou o governador de Borno, Babaganan Umara Zulum, citado pela agência AFP.
O governador fez a atualização dos números na aldeia de Zabarmari, perto do local do ataque, após assistir às cerimónias fúnebres.
Este foi um dos ataques mais mortíferos registados nesta região e ocorreu em dia de eleições para os representantes regionais e conselheiros dos 27 círculos eleitorais do estado de Borno.
Estas eram as primeiras eleições organizadas desde o início da insurgência do Boko Haram, em 2009.
Desde aquele ano, mais de 36.000 pessoas foram mortas e mais de dois milhões teve de abandonar as suas casas.
Em outubro, 22 agricultores foram mortos nas suas terras, não muito longe desta cidade.