Fonte do PE disse à agência Lusa que a presidente da instituição, Roberta Metsola, informou a Conferência de Presidentes (que agrega os líderes de todos os grupos políticos representados no hemiciclo europeu), de que na próxima semana vai ser agendada uma moção de censura ao executivo de Ursula von der Leyen.
O debate da moção de censura vai realizar-se na segunda-feira e a votação está prevista para a próxima quinta-feira, durante a sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, em França.
Desde as primeiras eleições europeias, em 1979, foram apresentadas sete moções de censura, nenhuma resultou na queda de um executivo comunitário. É a primeira a ser apresentada em dez anos.
Segundo a agência de notícias espanhola Europa Press, um grupo de mais de 72 eurodeputados solicitou formalmente uma censura ao executivo de Ursula von der Leyen (que pertence ao Partido Popular Europeu, grupo político com maioria no hemiciclo), pela ocultação de mensagens de texto trocadas com o presidente do conselho de administração da farmacêutica Pfizer durante a pandemia de covid-19, a propósito das vacinas.
Para forçar uma moção de censura --- que, se aprovada, significaria a queda de todo o executivo ---, é necessário que um décimo dos deputados que compõem o Parlamento Europeu a solicite, como aconteceu neste caso com a iniciativa promovida pelo eurodeputado romeno Gheorghe Piperea, membro do partido de extrema-direita Aliança para a União dos Romenos (AUR), que pertence ao grupo Conservadores e Reformistas Europeus (ECR, na sigla em inglês).
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