O estudo da Organização Sionista Internacional de Mulheres (WIZO), que analisa a quantidade de chamadas para linhas de violência doméstica e outros números relativos ao problema, foi divulgado no 'site' do jornal israelita Yedioth Ahronot, o Ynet.
De acordo com o estudo, lançado no Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, 20 mulheres foram assassinadas pelos seus cônjuges este ano em Israel, 18 das quais desde o início da pandemia no país, em março.
Refere ainda um aumento de 350% no número de mulheres que pedem ajuda em centros de prevenção e tratamento da violência doméstica.
"A monstruosa amplitude de casos de violência doméstica durante a crise do coronavírus deve servir como alerta para a sociedade como um todo e para o governo em particular", assinalou a presidente da WIZO, Anita Fiedman.
"Os dados revelam a falta de recursos e estratégia (do Estado) para lidar com os enormes danos que o isolamento e confinamentos causaram a dezenas de milhares de mulheres que se viram presas entre uma pandemia do coronavírus e uma pandemia de violência doméstica", disse, citada pelo Ynet.
A WIZO indicou também que dados do Ministério da Segurança Social mostram que de março a outubro houve um aumento de 240% nas chamadas para os serviços sociais devido a violência doméstica, adiantando que diariamente são abertas em Israel uma média de 40 investigações sobre a questão.
Estas investigações sobre violência doméstica incluem "crimes graves, como violência física, invasão de propriedade e danos à propriedade", assim como violações de ordens judiciais, entre outros.
De acordo com a organização, em comparação com 2019, os crimes contra mulheres aumentaram este ano 28% no caso das judias e 10% no caso das não-judias.
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