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Rebeldes Huthis reivindicam ataque a instalação petrolífera saudita

Os rebeldes iemenitas Huthis afirmaram hoje que atingiram com um míssil uma instalação petrolífera da empresa estatal saudita Aramco, na cidade portuária de Jeddah, na Arábia Saudita, embora até ao momento Riade não tenha confirmado o ataque.

Rebeldes Huthis reivindicam ataque a instalação petrolífera saudita
Notícias ao Minuto

08:42 - 23/11/20 por Lusa

Mundo Iémen

Segundo a agência de notícias espanhola Efe, o anúncio foi feito pelo porta-voz militar do movimento insurgente xiita, Yehia Sarea, na rede social Twitter.

"O impacto foi muito preciso, e ambulâncias e camiões de bombeiros apressaram-se a chegar ao local", afirmou.

O governo da Arábia Saudita não reagiu até agora a esta alegação e não comunicou quaisquer ataques às suas infraestruturas ou vítimas.

O alegado ataque terá ocorrido hoje, algumas horas após a conclusão de uma cimeira do G20 organizada a partir de Riade pela Arábia Saudita, atual presidente do grupo, enquanto o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo se encontrava no país, em visita oficial.

O porta-voz dos rebeldes avisou cidadãos e empresas estrangeiras que operam na Arábia Saudita para não se aproximarem das instalações petrolíferas sauditas.

"As nossas operações continuam e devem manter-se longe de instalações vitais", escreveu o porta-voz militar dos Huthis na rede social Twitter.

O grupo apoiado pelo Irão controla grandes partes do Norte e Oeste do Iémen, incluindo a capital, Sana, depois de a ter tomado ao governo internacionalmente reconhecido entre 2014 e 2015. Desde então, tem enfrentado uma coligação de países árabes liderada pela Arábia Saudita, que apoia o Presidente do Iémen, Abdo Rabu Mansur Hadi.

Enquanto no país o grupo enfrenta o exército iemenita, apoiado pela coligação árabe, lança ataques de mísseis e drones contra a vizinha Arábia Saudita.

Em setembro, os Huthis afirmaram ter atacado duas proeminentes instalações da Aramco, causando a suspensão de 50% da produção de petróleo saudita, mas Riade negou a responsabilidade, acusando o Irão.

A guerra civil no país mais pobre do mundo árabe começou em 2014, quando os rebeldes Huthis tomaram o controlo da capital e parte do norte do país.

Uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, determinada em devolver o poder ao Governo do Presidente Abd Rabu Mansour Hadi, desencadeou uma intervenção militar meses depois, já em 2015.

Os combates no Iémen já provocaram a maior crise humanitária do mundo, deixando milhões de pessoas sem alimentação e assistência médica, tendo causado já mais de 112.000 mortes, entre civis e militares.

Leia Também: Iémen. Guterres alerta para iminência do pior cenário de fome em décadas

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