Segundo a agência de notícias espanhola Efe, o anúncio foi feito pelo porta-voz militar do movimento insurgente xiita, Yehia Sarea, na rede social Twitter.
"O impacto foi muito preciso, e ambulâncias e camiões de bombeiros apressaram-se a chegar ao local", afirmou.
O governo da Arábia Saudita não reagiu até agora a esta alegação e não comunicou quaisquer ataques às suas infraestruturas ou vítimas.
O alegado ataque terá ocorrido hoje, algumas horas após a conclusão de uma cimeira do G20 organizada a partir de Riade pela Arábia Saudita, atual presidente do grupo, enquanto o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo se encontrava no país, em visita oficial.
O porta-voz dos rebeldes avisou cidadãos e empresas estrangeiras que operam na Arábia Saudita para não se aproximarem das instalações petrolíferas sauditas.
"As nossas operações continuam e devem manter-se longe de instalações vitais", escreveu o porta-voz militar dos Huthis na rede social Twitter.
O grupo apoiado pelo Irão controla grandes partes do Norte e Oeste do Iémen, incluindo a capital, Sana, depois de a ter tomado ao governo internacionalmente reconhecido entre 2014 e 2015. Desde então, tem enfrentado uma coligação de países árabes liderada pela Arábia Saudita, que apoia o Presidente do Iémen, Abdo Rabu Mansur Hadi.
Enquanto no país o grupo enfrenta o exército iemenita, apoiado pela coligação árabe, lança ataques de mísseis e drones contra a vizinha Arábia Saudita.
Em setembro, os Huthis afirmaram ter atacado duas proeminentes instalações da Aramco, causando a suspensão de 50% da produção de petróleo saudita, mas Riade negou a responsabilidade, acusando o Irão.
A guerra civil no país mais pobre do mundo árabe começou em 2014, quando os rebeldes Huthis tomaram o controlo da capital e parte do norte do país.
Uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, determinada em devolver o poder ao Governo do Presidente Abd Rabu Mansour Hadi, desencadeou uma intervenção militar meses depois, já em 2015.
Os combates no Iémen já provocaram a maior crise humanitária do mundo, deixando milhões de pessoas sem alimentação e assistência médica, tendo causado já mais de 112.000 mortes, entre civis e militares.
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