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Dominic Cummings, assessor controverso de Boris Johnson cessa funções

Dominic Cummings, o controverso assessor do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, cessou hoje funções, após dias de rumores sobre o seu futuro na sequência de uma luta por influência no seio do governo de uma fação ligada à campanha do 'Brexit'.

Dominic Cummings, assessor controverso de Boris Johnson cessa funções
Notícias ao Minuto

19:34 - 13/11/20 por Lusa

Mundo Reino Unido

Uma fonte oficial do governo confirmou a notícia, que já tinha sido avançada por vários meios de comunicação social e sugerida pela saída de Cummings de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro, com uma caixa onde alegadamente estariam os seus pertences. 

O assessor tinha dito à BBC na quinta-feira à noite que pretendia deixar o cargo até ao Natal, mas durante o dia a sua saída continuou a ser notícia e motivo de comentários de vários deputados do Partido Conservador, que criticam a excessiva influência de Cummings sobre Boris Johnson. 

Bernard Jenkins, presidente de uma influente comissão parlamentar, disse que a saída de Cummings é uma oportunidade para Johnson "redefinir como o governo funciona".

"Eu sugeriria que há três palavras que precisam tornar-se palavras de ordem em Downing Street: respeito, integridade e confiança. E certamente na relação entre a máquina de Downing Street e o grupo parlamentar tem havido uma sensação muito forte de que isso tem faltado nos últimos meses", disse à BBC.

Cummings é considerado o arquiteto da campanha que resultou na saída do Reino Unido da União Europeia e o autor do slogan 'Get Brexit Done' que garantiu uma maioria absoluta nas eleições de dezembro

Tornou-se depois o assessor com mais poder dentro do executivo, decidindo muitas vezes quem tem acesso ao primeiro-ministro, marginalizando deputados e até outros membros do próprio Governo.

Porém, ficou enfraquecido no início deste ano quando foi revelado que tinha conduzido centenas de quilómetros até ao norte de Inglaterra após contrair covid-19, violando as regras de confinamento nacional.

A saída terá sido acelerada após a demissão na quarta-feira de um dos seus aliados mais próximos, o diretor de comunicações, Lee Cain, que, segundo a imprensa britânica, pretendia ser promovido a chefe de gabinete de Johnson.

Notícias com base em fontes anónimas descrevem uma luta de poder entre um grupo de assessores governamentais que trabalharam na campanha do referendo que ditou o 'Brexit', em 2016, e os membros seniores do Partido Conservador. 

Para Gavin Barwell, ex-chefe de gabinete de Theresa May, o primeiro-ministro "tem agora uma oportunidade de criar uma operação em Downing Street mais harmoniosa e eficaz, melhorar as relações com o grupo parlamentar e liderar um governo menos conflituoso e mais unificador", escreveu na rede social Twitter.

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