França apela a garantia de direitos dos rohingya na Birmânia

França felicitou, na terça-feira, a realização de eleições legislativas na Birmânia, mas exigiu a garantia dos direitos políticos e económicos da minoria muçulmana rohingya, violentamente perseguida durante vários anos.

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Lusa
11/11/2020 00:38 ‧ 11/11/2020 por Lusa

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França

 

"Este é um passo importante na construção democrática deste país", considerou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, em comunicado citado pela France-Presse (AFP).

Contudo, é necessário prosseguir com os esforços e "reformas democráticas" com vista ao "desenvolvimento económico-social sustentável de todos, incluindo dos [elementos da minoria muçulmana] rohingya", prossegue a nota.

O partido que está no poder - e do qual faz parte a Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi - está a ser amplamente criticado pela comunidade internacional pela maneira como está a lidar com a crise que envolve a população rohingya.

A maioria da população birmanesa, no entanto, aprova o executivo, que declarou na segunda-feira uma "vitória esmagadora", embora ainda não sejam conhecidos os resultados das eleições, que não deverão ser conhecidos durante vários dias.

Centenas de milhares de pessoas pertencentes a esta minoria muçulmana fugiram das casas em direção ao Bangladesh, perseguidos por elementos das Forças Armadas birmanesas, uma perseguição que foi considerada "genocídio" pelo órgão judicial máximo das Nações Unidas.

Há relatos de pilhagens e massacres de aldeias inteiras perpetrados por militares, o que levou a comunidade internacional a acusar o Governo birmanês de ineficácia em encontrar e julgar os responsáveis.

Paris pede também que "o processo eleitoral seja concluído nos círculos eleitorais em que não foi possível realizar a votação", de modo a que as "minorias étnicas e religiosas possam desempenhar" o seu papel no sufrágio.

Esta reação de França surge num momento complicado ao nível das relações entre França e o mundo muçulmano.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu não "renunciar às caricaturas" depois de Samuel Paty, um professor de História e Geografia, ter sido decapitado em outubro por ter mostrado caricaturas do profeta Maomé.

Em vários países predominantemente muçulmanos a reação às declarações de Macron violente. Há relatos de retratos de Macron queimados em sinal de contestação à posição do chefe de Estado de França.

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