Erdogan acusa a Rússia de não querer paz duradoura em território sírio
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, condenou hoje os ataques russos na Síria, que mataram dezenas de rebeldes pró-Ancara, acusando Moscovo de não querer uma "paz duradoura" no território sírio.
© Reuters
Mundo Turquia
"O facto de a Rússia ter atacado um centro de treino do Exército Nacional Sírio na região de Idlib é um sinal de que a paz e estabilidade duradouras não são desejadas", disse Erdogan durante um discurso em Ancara.
Esta é a primeira reação da Turquia aos ataques russos, que visaram segunda-feira um campo de treino do "Faylaq al-Cham", um grupo aliado de Ancara, no noroeste de Idlib, matando 78 dos seus combatentes e ferindo mais de 90 outros perto da fronteira com a Turquia.
Essa escalada é a mais mortal em oito meses na região de Idlib, o último grande reduto 'jihadista' e rebelde da Síria, parte da qual ainda está fora do controlo do Governo sírio, do qual Moscovo é um aliado importante.
Grupos rebeldes pró-Ancara bombardearam posições do regime de Damasco na província, matando 15 combatentes leais em retaliação aos ataques russos, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
A província de Idlib (noroeste), com três milhões de habitantes, é dominada pelo grupo 'jihadista' Hayat Tahrir al-Cham, mas outros grupos rebeldes menos influentes também atuam lá.
Uma trégua decretada em março após um acordo russo-turco interrompeu outra ofensiva do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, que conseguiu em alguns meses diminuir um pouco mais o território fora de seu controlo.
A guerra na Síria teve início em 2011 e já provocou centenas de milhares e mortos e milhões de deslocados internos e externos.
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