"A alta comissária condena de forma inequívoca o assassínio do professor", afirmou uma das porta-vozes de Bachelet, Ravina Shamdasani, em conferência de imprensa.
A porta-voz sublinhou ainda que os habituais conflitos entre a liberdade de expressão e religião "são um assunto complexo que durante anos tem sido debatido no Conselho dos Direitos Humanos para tentar definir melhor a questão".
Shamdasani não quis comentar o atual confronto entre os governos de França e Turquia como resultado das medidas do Presidente francês, Emmanuel Macron, contra organizações islâmicas no país e o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, que respondeu ao pedir um boicote a todos os produtos da nação europeia.
Paty, professor de uma escola secundária nos arredores de Paris, mostrou aos seus alunos, depois de convidar os estudantes muçulmanos a abandonar a sala de aula se assim o desejassem, uma caricatura de Maomé do semanário satírico Charlie Hebdo, também alvo de um ataque terrorista em 2015 por publicar esses desenhos.
O professor foi decapitado por um refugiado russo de origem chechena, que foi abatido pela polícia durante a operação de detenção.