Movimentos palestinianos rejeitam normalização de relações Israel-Sudão
A normalização das relações políticas entre Israel e o Sudão, anunciado hoje em Washington, foi contestado pelas duas principais fações palestinianas, Hamas (Faixa de Gaza) e Fatah (Cisjordânia), que a condenam e rejeitam.
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Mundo Israel
Para o Hamas, o acordo constitui um "pecado político" que prejudica tanto os palestinianos como os sudaneses, reagiu o movimento islâmico da Palestina, Hamas.
"Trata-se de um pecado político que prejudica o povo palestiniano e a sua justa causa, prejudica o interesse nacional do Sudão [...] e só beneficia [o primeiro-ministro israelita, Benjamim] Netanyahu", declarou Hazem Qassem, porta-voz oficial do Hamas, movimento no poder na Faixa de Gaza.
Por seu lado, num comunicado, a Presidência palestiniana, com sede na Cisjordânia e liderada por Mahmoud Abbas, "condena e rejeita" o acordo entre dois antigos opositores.
"O Presidente do Estado da Palestina expressa hoje a sua condenação e rejeição ao acordo destinado a normalizar os laços com o país de ocupação israelita que usurpa a terra palestiniana. Ninguém tem o direito de falar em nome do povo palestiniano e da causa palestiniana", lê-se no documento.
"É um anúncio doloroso que vai contra a história do Sudão, país que sempre apoiou a causa palestiniana, reforçou, por seu lado, Sami Abou Zuhri, um quadro do Hamas.
Os palestinianos, do movimento da Fatah, liderado por Mahmoud Abbas, que governa a Cisjordânia, ao Hamas, consideram que a normalização das relações entre Israel e os países árabes constitui deveria ser um pré-requisito para um acordo de paz israelo-palestiniano e não o contrário.
Com a queda do regime de Omar el-Béchir, em abril de 2019, os palestinianos, sobretudo o Hamas, perderam um dos principais apoiantes da causa pela independência.
Na altura, Israel acusava o Sudão de permitir o trânsito de armas no seu território, aí chegadas de barco provenientes do Irão, para, depois, serem encaminhadas, para a Faixa de Gaza, enclave palestiniano controlado pelo Hamas.
O Sudão tornou-se o terceiro país árabe a anunciar desde agosto a normalização das relações com Israel, após os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein.
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