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Bielorrússia: Tikhanovskaia na lista de pessoas "procuradas" pela Rússia

A opositora bielorrussa Svetlana Tikhanovskaia está incluída na base de dados de pessoas procuradas pela Rússia, devido aos processos judiciais que lhe foram dirigidos no seu país, segundo o ministério do Interior russos e as agências locais.

Bielorrússia: Tikhanovskaia na lista de pessoas "procuradas" pela Rússia
Notícias ao Minuto

17:23 - 07/10/20 por Lusa

Mundo Bielorrússia

A adversária do Presidente Alexander Lukashenko figura nesta base de dados disponível em linha por uma "infração ao código penal", segundo a sua ficha. A agência noticiosa Ria Novosti precisou que se trata de indiciamentos emitidos na Bielorrússia por "apelos a ações que atentam contra a segurança nacional", um crime passível de três a cinco anos de prisão.

Moscovo e Minsk estabeleceram um tratado de união, e por esse motivo a Rússia também a declarou pessoa que deve ser procurada, apesar de não ser precisado desde quando se encontra na lista das autoridades.

Previamente, o Kremlin tinha já minimizado o desempenho político da chefe da oposição bielorrussa após as reuniões de Tikhanovskaia com diversos líderes europeus, precisando que o Presidente Vladimir Putin não prevê qualquer encontro com a opositora.

"Tikhanovskaia não se encontra n Bielorrússia. Não podemos dizer que ela participe na vida política bielorrussa", declarou o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov, precisando que "não está previsto qualquer contacto" entre ela e Putin.

"Ela encontra-se em território da União Europeia", e "encontra-se com chefes de Estado e de governo que consideram o atual chefe de Estado bielorrusso como ilegítimo", acrescentou Peskov no decurso de um contacto telefónico com jornalistas.

Tikhanovskaia, 38 anos, reivindica a vitória nas eleições presidenciais de 09 de agosto face ao chefe de Estado Alexander Lukashenko, cuja reeleição foi muito contestada e motivou manifestações sem precedentes. Desde então, decidiu refugiar-se na vizinha Lituânia.

A opositora tem apelado aos europeus para reforçarem a pressão sobre o regime de Lukashenko, no poder desde 1994, na sequência da sua vitória eleitoral, considerada fraudulenta, e que não é reconhecida pelo ocidente.

Após um encontro na semana passada com o Presidente francês Emmanuel Macron, a opositora foi igualmente recebida por Angela Merkel na terça-feira. De seguida reuniu-se com os presidentes polaco e lituano.

Professora de inglês, Tikhanovskaia iniciou a atividade política quando o seu marido Serguei, um popular 'blogger', foi impedido de apresentar a candidatura às presidenciais e de seguida detido por ter alegadamente conspirado para derrubar o Governo.

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