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Venezuela entrou em fase de achatamento da curva de contágios

A Venezuela entrou em fase de achatamento da curva de contágios com o novo coronavírus, anunciou terça-feira o ministro venezuelano da Saúde, Carlos Alvarado.

Venezuela entrou em fase de achatamento da curva de contágios
Notícias ao Minuto

08:42 - 30/09/20 por Lusa

Mundo Covid-19

"Na Venezuela, temos observado um crescimento lento e sustentado de casos, desde meados do mês de junho até setembro, quando conseguimos iniciar uma fase de 'meseta' (achatamento) da curva epidémica", disse.

Carlos Alvarado falava numa intervenção virtual na 58.ª reunião do Conselho Diretivo da Organização Pan-americana da Saúde (OPS), durante a qual explicou que a Venezuela regista "uma morbilidade de 2,3 casos por cada 1.000 habitantes e uma mortalidade de 1,9 óbitos por cada 100 mil habitantes".

"Também desde meados do mês de junho observámos um aumento no regresso de venezuelanos que migraram para países vizinhos e que retornam à Venezuela em busca de saúde e seguridade social", frisou.

Segundo Carlos Alvarado, quase 100 mil venezuelanos que retornaram ao país passaram por centros de atendimento de fronteira e cordões sanitários implementados pelo Governo do Presidente Nicolás Maduro.

"Também estimamos em quase 40 mil os venezuelanos que entraram (no país) por rotas irregulares, ao longo da extensa fronteira com a Colômbia e o Brasil, e que ajudaram a distribuir o vírus em diversos setores, contribuindo para o aumento dos casos comunitários", frisou.

Segundo o ministro, a atenção relacionada com a pandemia da covid-19 no país, é dirigida diretamente por uma Comissão Presidencial que é coordenada pelo próprio Presidente Nicolás Maduro.

Explicou que foi implementado um plano com três fases, a primeira delas a inicial, de preparação e informação, e a segunda a de quarentena radical, quando surgiram os primeiros casos de coronavírus e foi declarada a emergência sanitária e foram tomadas medidas drásticas e rápidas.

A terceira e última fase, explicou, consiste num método próprio de "7+7, com 7 dias de quarentena radical seguidos por 7 dias de flexibilização diferenciada segundo o comportamento epidemiológico de cada entidade federal".

O ministro denunciou que as sanções internacionais impedem a Venezuela de aceder a 30 mil milhões de dólares (25.640 milhões de euros) que tem em contas no estrangeiro e que poderiam ser usados para comprar vacinas e medicamentos.

"Não podemos usar os nossos recursos nem sequer para honrar os compromissos com o Fundo Estratégico e Rotativo da OPS, impedindo o acesso a vacinas e medicamentos", disse.

Segundo a imprensa de Caracas, a Venezuela foi notificada, na segunda-feira, de que poderia perder o direito a voto e ficaria impossibilitada de pronunciar-se sobre as resoluções e tomadas de decisões da OPS, por acumular uma dívida de 7,8 milhões de dólares (aproximadamente 6,7 milhões de euros) em pagamentos pendentes desde 2017.

Na Venezuela estão confirmados 73.528 casos e 614 mortes associadas ao novo coronavírus. 63.436 pessoas recuperaram da doença.

A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.

Os voos nacionais e internacionais estão restringidos até 12 de outubro e a população está impedida de circular entre os diferentes municípios do país.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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