O documento, publicado na terça-feira pelo The Huffington Post e pelo Channel 4 News, é a primeira comunicação pública de Khalid Sheikh Mohammed desde 2009, quando o governo norte-americano o acusou oficialmente de terrorismo.
Khalid Sheikh Mohamed, que está detido em Guantánamo, Cuba, desde 2006, defende que o "Corão Sagrado proíbe-nos de usar a força como meio de conversão".
No documento de 36 páginas, o paquistanês tenta convencer os seus captores norte-americanos, procuradores, advogados e membros do respetivo tribunal militar, a converterem-se ao islão.
"É o meu dever religioso, ao lidar com pessoas não muçulmanos como aquelas do tribunal - o juiz, a acusação, advogados - convidá-los a abraçar o islão", escreveu Mohammed.
Mohammed disse que está "muito feliz" na sua cela, acrescentando: "O meu espírito está livre mesmo quando o meu corpo está mantido em cativeiro".
O documento foi desclassificado no mês passado pelo juiz do tribunal militar, James Pohl.
A primeira confissão do paquistanês, conhecido também como KSM, assumindo a responsabilidade pelos ataques de 2011 contra os Estados Unidos, foi conseguida com recurso à tortura, depois de ter sido vítima de 183 simulações de afogamento e de 7,5 dias de privação de sono numa prisão secreta da CIA, de acordo com o relatório dos serviços de informações norte-americanos.