Governo turco diz querer pacificar situação no Mediterrâneo oriental
O ministro da Defesa da Turquia, Hulusi Akar, reafirmou hoje a vontade do seu país em retomar o diálogo de paz no conflito com a Grécia e Chipre, sobre o controlo de águas territoriais no Mediterrâneo oriental.
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Mundo Turquia
"Somos a favor da paz", disse Akar, durante uma visita a Kas, uma cidade turca perto da ilha grega de Kastelorizo, que está a ser visitada pela Presidente grega, Ekaterini Sakelaropulu.
A Grécia, apoiada por Chipre, acusa a Turquia de estar a fazer prospeção de gás e petróleo em zona marítima que está sob jurisdição de Atenas, violando o direito internacional e levando a União Europeia e declarar sanções contra Ancara.
O ministro turco não quis comentar a presença de Sakelaropulu na ilha vizinha, que os 'media' turcos consideram ser uma provocação das autoridades gregas.
A Turquia continua a rejeitar que a Grécia pretenda delimitar a sua Zona Económica Exclusiva (ZEE) a partir das costas dessa e de outras ilhas, alegando que isso se traduziria num domínio sobre a maior parte do Mediterrâneo oriental.
"Somos a favor de tudo o que promova a paz, estabilidade e boas relações de vizinhança", limitou-se a dizer o ministro da Turquia, no dia em que o navio turco de investigação sísmica Oruc Reis chegou ao porto de Antalya, regressado de uma das zonas marítimas em disputa, ricas em gás natural.
A Turquia confirmou esse regresso do navio, realçando, contudo, que tal não significa que esteja a abrir mão dos seus direitos nessa área.
"Trata-se de um movimento de vaivém", comentou Akar, sobre a chegada do Oruc Reis.
Ainda assim, o jornal diário Yeni Safak, considerado próximo do Presidente turco, Recep Erdogan, divulgou hoje uma peça informativa em que considerava que a decisão de Ancara de fazer regressar o Oruc Reis representa "um passo para dar a oportunidade à diplomacia, para uma solução pacífica de problemas regionais".
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