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Julgamento de ex-Presidente da África do Sul adiado para dezembro

O julgamento por corrupção do ex-Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, acusado num caso de suborno com mais de 20 anos, foi hoje novamente adiado, desta vez para dezembro, anunciou o juiz responsável pelo processo.

Julgamento de ex-Presidente da África do Sul adiado para dezembro
Notícias ao Minuto

17:12 - 08/09/20 por Lusa

Mundo Jacob Zuma

Zuma, 78 anos e que liderou o país entre 2009 e 2018, é acusado de receber quatro milhões de rands (cerca de 200.000 euros, ao câmbio atual) em comissões da empresa Thales à margem de um contrato de armamento adjudicado em 1999.

O antigo chefe de Estado, então vice-Presidente, e o grupo negaram sempre as acusações.

Inicialmente previsto para maio, o julgamento de Zuma foi, numa primeira fase, adiado para junho devido à pandemia de covid-19, tendo sido posteriormente alterado para setembro por razões administrativas.

De acordo com a agência France-Presse, o juiz responsável pelo processo explicou que a audiência foi novamente adiada, desta vez para 08 de dezembro.

Segundo o magistrado, o juiz afirmou que está à espera da "retoma do tráfego aéreo internacional", em particular devido à chegada de testemunhas e representantes do grupo Thales.

Para combater a pandemia da covid-19 no país, as fronteiras da África do Sul estão fechadas desde o final de março.

No processo penal a decorrer em Pietermaritzburg, Jacob Zuma enfrenta várias acusações de associação ilícita, fraude, corrupção e lavagem de dinheiro por envolvimento em operações, supostamente fraudulentas, a favor de um contrato público de aquisição de armamento com o grupo francês Thales de mais dois mil milhões de dólares, em 1999, quando era vice-presidente da República.

Zuma negou todas as acusações afirmando ser uma 'caça às bruxas' política do partido no poder, na altura liderado pelo Presidente Thabo Mbeki, que governou entre 1999 e 2008.

As acusações contra o antigo chefe de Estado sul-africano foram reinstituídas em março de 2018, pelo Presidente Cyril Ramaphosa, um mês depois de Zuma ter sido forçado a renunciar ao cargo pela direção do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder desde 1994.

O programa de aquisição militar sul-africano no final da década de 1990 envolveu a compra de armamento e equipamento militar pelo Governo do Congresso Nacional Africano, liderado por Nelson Mandela, em 1999, no valor de 30 mil milhões de rands (cinco mil milhões de dólares em 1999, cerca de 1,5 mil milhões de euros ao câmbio atual).

A aquisição de armamento, popularmente conhecida por 'Acordo de Armas', envolveu várias empresas europeias da Alemanha, Itália, Suécia, Reino Unido, França e África do Sul.

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