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Politólogo luso-venezuelano Vasco da Costa libertado e em casa

O politólogo luso-venezuelano Vasco da Costa, um dos 110 beneficiários do indulto concedido na segunda-feira pelo Presidente Nicolas Maduro, já está em casa, confirmou hoje a sua irmã, Ana Maria da Costa, à Agência Lusa.

Politólogo luso-venezuelano Vasco da Costa libertado e em casa
Notícias ao Minuto

17:15 - 02/09/20 por Lusa

Mundo Venezuela

"Estou feliz, o Vasco já está em casa. Todos (os seus companheiros) também foram libertados durante a noite", disse.

Ana Maria da Costa explicou que a posição do politólogo luso-venezuelano sempre foi de que perante qualquer oferta ou todos - ele e os seus companheiros - eram libertados, ou nenhum aceitava sair em liberdade.

Esta posição foi adotada, afirmou, porque se o luso-venezuelano tivesse insistido e conseguido receber ajuda para viajar para Portugal o resultado teria sido diferente.

"Se ele estivesse em Portugal os seus companheiros não sairiam porque ele é a cabeça do Movimento Nacionalista", frisou.

Referindo que passou mais de 24 horas, ao calor do dia e ao frio da noite à espera que o Vasco da Costa fosse libertado, Ana Maria da Costa, voltou a referir que "desde outubro de 2019 que o meu irmão era beneficiário de uma medida humanitária (libertação por motivos humanitários de saúde) que nunca foi executada".

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, indultou segunda-feira 110 deputados opositores e presos políticos, entre eles o politólogo luso-venezuelano Vasco da Costa, que se encontrava detido desde abril de 2018.

Entre os indultados encontram-se vários colaboradores do líder opositor, Juan Guaidó.

O anúncio do indulto presidencial foi feito pelo ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, através do canal estatal Venezuelana de Televisão (VTV).

"A intensão principal é que os assuntos da Venezuela sejam resolvidos pelos venezuelanos, pelas vias pacíficas, eleitorais, constitucionais e democráticas", disse.

Filho de um antigo vice-cônsul de Portugal em Caracas, Vasco da Costa, de 61 anos, foi detido na sua casa em abril de 2018 por agentes do SEBIN (serviços secretos da Venezuela), acusado de promover a abstenção nas eleições presidenciais de maio de 2018.

Vasco da Costa já tinha estado detido entre julho de 2014 e outubro de 2017. Nessa altura, foi acusado de ligações a uma farmacêutica que estaria, alegadamente, envolvida em planos para fabricar engenhos explosivos artesanais, durante os protestos ocorridos no primeiro semestre de 2014 contra o Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Segundo a irmã, o próprio Ministério Público admitiu que o crime de terrorismo de que Vasco da Costa está acusado "não existe", e questionou por que razão, assim sendo, o irmão esteve "detido há mais de dois anos na pior das cadeias venezuelanas".

Nos últimos meses Ana Maria da Costa alertou sobre a saúde do lusodescendente, que em 2019 foi operado a "um tumor no olho esquerdo", o que motivou apelos a diversos organismos, entre eles ao secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, e à Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet e inclusive ao Governo português.

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