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ONU pede justiça para autores das ameaças contra Prémio Nobel

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu hoje às autoridades de Kinshasa "medidas rápidas" para levar à justiça os autores das ameaças de morte contra o Prémio Nobel da Paz de 2018 Denis Mukwege.

ONU pede justiça para autores das ameaças contra Prémio Nobel
Notícias ao Minuto

10:58 - 28/08/20 por Lusa

Mundo Denis Mukwege

"A sua vida parece estar em sério perigo", sublinhou Michelle Bachelet, segundo a agência France-Presse (AFP), numa declaração.

A comissária apelou também a uma investigação imparcial por parte das autoridades da República Democrática do Congo (RDCongo) sobre as ameaças contra o célebre ginecologista congolês, a quem foi atribuído o Nobel pelos seus cuidados às mulheres vítimas de violação no leste da RDCongo, e pediu uma "ação rápida" para levar os autores das ameaças perante a justiça.

"É essencial que os responsáveis sejam levados à justiça e que a verdade seja conhecida, tanto para proteger a vida de Mukwege, como também para dissuadir aqueles que atacam, ameaçam ou intimidam o pessoal médico e os defensores dos direitos humanos que, como ele, trabalham para o bem-estar do povo congolês, muitas vezes em circunstâncias excecionalmente difíceis", disse Bachelet.

No final de julho, Denis Mukwege denunciou ameaças e intimidações contra si próprio e contra os seus familiares recebidas a partir da rede social Twitter dias depois de ter denunciado um novo massacre de civis na província do Kivu Sul (leste).

O Governo congolês entretanto a 22 de agosto a abertura de investigações e a implementação de medidas para garantir a segurança de Mukwege.

"Saúdo o empenho público do Presidente [da RDCongo, Félix] Tshisekedi em garantir a sua segurança, e espero que Denis Mukwege e a sua equipa recebam total proteção das autoridades congolesas para que o trabalho vital que fazem, dia após dia, no hospital de Panzi possa ser garantido", salientou a Alta Comissária.

"O Dr. Mukwege é um verdadeiro herói: determinado, corajoso e extremamente eficaz", considerou Bachelet.

Mukwege escapou de um ataque à sua casa em outubro de 2012, no qual o seu segurança foi morto pelos assaltantes.

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