Governo do Panamá pede à justiça para dissolver o maior sindicato do país

O Governo do Panamá solicitou ao Supremo Tribunal a dissolução do Suntracs, acusando o maior sindicato do país de atividades mafiosas e branqueamento de capitais, após meses de protestos contra a reforma da segurança social.

Unions march against the contract between the State and Minera Panama

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Lusa
18/07/2025 06:18 ‧ há 6 horas por Lusa

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Suntracs

"O Suntracs está ligado a atividades de branqueamento de capitais" e a liderança do sindicato "geriu a organização com métodos mafiosos" para se enriquecer pessoalmente, alegou a ministra do Trabalho.

 

Numa conferência de imprensa realizada na quinta-feira, Jackeline Muñoz acusou também os líderes do Suntracs de "usar a defesa dos direitos laborais como fachada".

Em 23 de abril, alguns sindicatos de professores e trabalhadores da construção civil, incluindo o Suntracs, iniciaram uma greve contra a lei que reforma o Fundo de Segurança Social, que enfrenta há anos uma grave crise financeira.

O Presidente de direita José Raúl Mulino descreveu o Suntracs como uma máfia. Vários dos dirigentes do sindicato foram detidos, enquanto o líder da organização , Saúl Méndez, pediu asilo na embaixada da Bolívia.

Os sindicatos alegam que a reforma, proposta por José Raúl Mulino, baixa as pensões, privatiza o sistema e leva ao aumento da idade da reforma.

O Governo garante que a lei resolve a crise financeira que colocou um dos dois subsistemas de segurança social à beira da falência.

A reforma desencadeou protestos ilegais com bloqueios de estradas que levaram a graves confrontos entre a polícia e os manifestantes.

Uma das situações mais graves ocorreu em Bocas del Toro, com o corte de comunicações terrestres e despedimentos em massa de trabalhadores na província, que é em grande parte uma ilha e economicamente dependente dos setores da banana e do turismo.

Na província, a empresa de banana Chiquita Panamá, subsidiária da Chiquita Brands, com sede nos Estados Unidos, despediu 6.500 diaristas e funcionários administrativos, depois de ter alegado prejuízos superiores a 75 milhões de dólares (65 milhões de euros) causados pela greve.

No início de junho, o sindicato bananeiro do Panamá comprometeu-se a suspender os bloqueios de estrada, organizados por trabalhadores em greve, depois de ter assinado um acordo com os deputados para resolver a crise.

Mas os bloqueios mantiveram-se porque grupos, identificados pelas autoridades como sindicalistas, não reconheceram o acordo.

Em 16 de junho, a polícia deteve um dirigente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Banana, Francisco Smith, figura-chave no bloqueio.

Os professores retomaram as aulas na segunda-feira, após 15 sindicatos da educação terem chegado a acordo com o Governo, pondo fim à greve iniciada em 23 de abril.

O Ministério da Educação comprometeu-se a colaborar com os diretores das escolas "para resolver com celeridade os recursos interpostos" e a não dar início a processos administrativos contra os professores que aderiram à greve.

Leia Também: Após greve de 2 meses, professores do Panamá retomam aulas na 2.ª-feira

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