"O contexto global é instável e incerto. Algumas das nossas políticas trarão novas respostas", afirmou Wang. "A nossa caixa de ferramentas está bem equipada e estamos totalmente preparados", acrescentou, numa conferência de imprensa em Pequim.
De acordo com dados oficiais, o Produto Interno Bruto da China cresceu 5,2% no segundo trimestre do ano, impulsionado por um aumento das exportações.
No entanto, analistas alertaram que serão necessárias medidas de estímulo mais abrangentes para evitar um abrandamento na segunda metade do ano, devido à fraca procura interna, pressões deflacionistas (queda anual nos preços no consumidor) e disputas comerciais persistentes com os Estados Unidos e a União Europeia.
Questionado sobre a elevada dependência da economia chinesa face às exportações, Wang adiantou que o Governo está a preparar políticas para "estimular ainda mais o dinamismo do desenvolvimento do consumo".
"A economia chinesa está a melhorar, e os seus fundamentos de longo prazo não mudaram. O mercado de consumo continua a apresentar grande potencial, forte resiliência e vitalidade", frisou.
O consumidor permanece fragilizado por uma prolongada crise no setor imobiliário, elevado desemprego entre os jovens e estagnação dos preços, fatores que contribuem para o adiamento de decisões de compra.
O desemprego entre os jovens dos 16 aos 24 anos que vivem nas cidades chinesas (excluindo os estudantes) caiu de 14,9% em maio para 14,5% em junho, anunciou na quinta-feira o Gabinete Nacional de Estatísticas chinesa.
Mas a agência alertou que a taxa poderá subir, uma vez que um número recorde de recém-licenciados está prestes a entrar no mercado de trabalho da China.
As vendas a retalho -- indicador-chave do sentimento dos consumidores -- aumentaram 4,8% em junho, de acordo com dados oficiais divulgados na terça-feira, ligeiramente abaixo das previsões.
Após quatro meses consecutivos de deflação, os preços ao consumidor registaram igualmente uma ligeira subida em junho, segundo as mesmas estatísticas.
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