China insiste na legitimidade da detenção de dois cidadãos do Canadá
A China insistiu hoje na legitimidade da detenção de dois canadianos, numa aparente retaliação pela detenção de uma executiva da Huawei, após uma reunião entre as autoridades dos dois países.
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Mundo Diplomacia
O ex-diplomata Michael Kovrig e o empresário Michael Spavor estão detidos na China há 620 dias por "constituírem um risco para a segurança nacional", numa acusação vaga que serviu aparentemente de retaliação pela detenção no Canadá de Meng Wanzhou, executiva do grupo chinês de tecnologia Huawei e filha do fundador da empresa.
Meng foi detida no aeroporto de Vancouver a pedido dos Estados Unidos, que pedem a sua extradição para enfrentar acusações de fraude em negócios da empresa com o Irão que terão alegadamente infringido sanções impostas por Washington.
A sua detenção enfureceu Pequim, que a considerou uma decisão política, com o objetivo de restringir a ascensão da China como potência tecnológica global.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Canadá, François-Philippe Champagne, pediu a Pequim que liberte os dois canadianos, durante uma reunião com o homólogo chinês, Wang Yi, em Roma, na terça-feira.
Os dois canadianos são suspeitos de se envolverem em "atividades que colocam em risco a segurança nacional da China e estão a ser tratados "em estrita conformidade com a lei", disse o porta-voz da diplomacia chinesa Zhao Lijian, em conferência de imprensa.
A China "explicou claramente ao lado canadiano que deve respeitar o espírito do Estado de Direito e a soberania judicial da China", disse Zhao, acrescentando que Pequim não é responsável pelas atuais dificuldades nas relações bilaterais.
"O Canadá está bem ciente do cerne do problema e deve tomar medidas eficazes imediatamente para corrigir os erros e criar condições para que o relacionamento bilateral volte ao caminho certo", disse Zhao.
Além de deter Kovrig e Spavor, a China também restringiu várias exportações canadianas para a China, incluindo óleo de semente de canola, numa aparente tentativa de pressionar o Canadá a libertar Meng, que está em prisão domiciliar numa das suas mansões em Vancouver.
Desde a detenção de Meng, a China também condenou à morte quatro canadianos em casos envolvendo tráfico de droga.
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