Os moradores de Urumqi, em Xinjiang, na China, estão a ser forçados a tomar medicamentos tradicionais chineses e a ficar em casa, com alguns a serem algemados a prédios, como parte de um pacote de medidas severas para combater o novo coronavírus, de acordo com uma série de publicações nas redes sociais reportadas pelo The Guardian.

Conhecida pelas suas medidas de segurança draconianas, a capital da região semi-autónoma está num "estado de guerra" de confinamento há mais de um mês, após o surgimento de um surto de casos em julho.

Desde sexta-feira, reclamações sobre a severidade das medidas apesar da diminuição de casos, inundaram as redes sociais

A cidade, que reportou mais de 531 infetados até meados de agosto, não reporta casos há oito dias consecutivos.

Os utilizadores das plataformas sociais queixam-se de terem sido acorrentados a prédios quando tentavam deixar as suas casas. Um internauta disse que foi mantido num centro de quarentena durante dois meses, tendo-lhe sido pedido que tomasse Lianhua Qingwen - um remédio à base de ervas que tem sido promovido na China como tratamento para o novo coronavírus.

Vídeos partilhados nas redes sociais mostram alegados residentes a gritar de frustração nas janelas dos seus apartamentos.

https://t.co/Nrrdd7eCGf pic.twitter.com/TZsSGLPv23

— lidang August 22, 2020

Numa outra publicação, um utilizador escreve que "a voz da população não pode ser suprimida".

Xinjiang residents handcuffed to their homes in Covid lockdown “The voice of the public cannot be suppressed. If blocked in one place, it will move to another. If blocked there, it will move again & new ways will be found. Collective memory cannot be erased.” #xiangxiang #Urumqi pic.twitter.com/3atP14EUrr

— Steven A Banass (@StevenABanass) August 25, 2020