"news_bold">"A prioridade deve ser a formação rápida de um governo que dê provas junto da população e que tenha por missão responder aos principais desafios do país, em particular a reconstrução de Beirute e as reformas sem as quais o país caminha para a ruína económica, social e política", declarou Jean-Yves Le Drian num comunicado.
Ao final da tarde, o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, anunciou a demissão do seu governo, sete meses após ter assumido funções.
O governo de Diab estava sob pressão da rua, que acusa a classe política de ser responsável pela explosão da última terça-feira, que causou pelo menos 160 mortos, cerca de 6.000 feridos e destruiu bairros inteiros da capital libanesa.
"É essencial agora que sejam ouvidas as aspirações expressas pelos libaneses em termos de reformas e de governança", disse Le Drian.
"Nestes momentos difíceis da sua história, a França está como sempre esteve ao lado do Líbano", adiantou.
Dois dias após a explosão, o presidente francês, Emmanuel Macron, deslocou-se a Beirute, onde apelou a "uma nova ordem política".
A explosão, que deixou cerca de 300.000 desalojados, veio alimentar a raiva de uma população já mobilizada desde o outono de 2019 contra os líderes libaneses, acusados de corrupção e ineficácia num país em profunda crise económica.
No domingo, a comunidade internacional assegurou que não deixará cair o Líbano, exigindo que a ajuda seja "distribuída diretamente" à população e que uma investigação "transparente seja feita sobre as causas da catástrofe".
No total, 252,7 milhões de euros de ajuda - imediata ou mobilizável a curto prazo - para ajudar as vítimas do desastre foram prometidos na videoconferência de doadores, organizada pela ONU e pela França.