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Opositor político regressa à Tanzânia três anos depois de ser alvejado

O opositor político e potencial candidato presidencial tanzaniano Tundu Lissu regressou hoje ao país, três anos depois de ter sido alvejado 16 vezes.

Opositor político regressa à Tanzânia três anos depois de ser alvejado
Notícias ao Minuto

23:30 - 27/07/20 por Lusa

Mundo Tundu Lissu

À chegada ao aeroporto internacional de Dar es Salaam, Lissu disse aos jornalistas presentes e às centenas de apoiantes do partido da oposição Chadema que estava "muito bem".

"A minha perna está alguns centímetros mais curta. Estou muito bem agora", disse, citado pela Associated Press.

O regresso de Lissu à Tanzânia, após vários anos exilado na Europa, ocorre num momento em que os candidatos dos principais partidos da oposição estão a considerar uma única candidatura para evitar que o atual chefe de Estado, John Magufuli, conquiste um novo mandato de cinco anos.

Defensores dos direitos humanos e críticos de Magufuli acusam-no e à sua administração de calar vozes que discordam de si, ao proibir reuniões de caráter político, deter figuras da oposição e encerrar órgãos de comunicação social.

No aeroporto internacional de Dar es Salaam, centenas de apoiantes do Chadema juntaram-se -- com alguns a ajoelharem-se à chegada de Lissu --, contrariando as forças de ordem, que proibiram a realização de reuniões.

Lissu, que já expressou a sua vontade em participar nas eleições presidenciais, previstas para outubro deste ano, e espera o apoio do Chadema.

Lissu enfrenta ainda seis acusações de crime -- incluindo uma de ter acusado Magufuli de ser um ditador.

Ainda assim, o opositor diz que está em liberdade após o pagamento de uma fiança.

Membros da oposição e de grupos de defesa dos direitos humanos apelaram às autoridades para que lhe garantam a segurança devida.

"Eu não tenho um exército privado para me proteger", afirmou Lissu em 21 de julho, nas redes sociais, tendo acrescentado: "Eu espero que a Força Policial da Tanzânia cumpra a sua obrigação, sob a lei eleitoral do país, e garanta a segurança a todos os candidatos presidenciais.

Em setembro de 2017, em sua casa, na capital, Dodoma, Lissu foi alvejado por 16 vezes por homens não identificados, tendo sido levado para o Quénia para receber apoio hospitalar urgente.

Nos últimos tempos, o opositor estava exilado na Bélgica.

Na última semana, Magufuli, 60 anos, apelou para a realização de eleições pacíficas e credíveis, mas a oposição considera que parte em desvantagem para o sufrágio, temendo a ausência de uma comissão eleitoral independente e de observadores eleitorais independentes devido à pandemia da covid-19.

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