Francisco Frutos Gras (Paco Frutos), nascido em 1939, foi secretário-geral do PCE, entre dezembro de 1998 e novembro de 2009, tendo sido também membro do movimento de coligação Esquerda Unida, de 1993 a 2204.
Durante o regime ditatorial de Franco, Paco Frutos passou seis meses na cadeia, pela sua atividade política, sendo considerado um "elemento subversivo".
Paco Frutos esteve ligado a movimentos sindicais, desde a juventude, e ingressou no Partido Socialista da Catalunha em 1963, tendo sido, por um curto período de tempo, secretário-geral desta organização regional.
No início dos anos da década de 80 do século passado, passou para o Partido Comunista Espanhol, onde foi trabalhar com o então secretário-geral, Gerardo Iglesias.
Em 1998, sucedeu a Julio Anguita na liderança do PCE, tendo sido designado pelo movimento Esquerda Unida para uma candidatura à presidência do Governo espanhol, nas eleições de 2000.
Em 2002, foi de novo eleito secretário-geral do PCE e em 2003 anunciou que deixaria o seu lugar de deputado, não concorrendo às eleições de 2004.
Em 2005, regressou à liderança do PCE, para abandonar o cargo em 2009, após fracos resultados eleitorais em 2008, alegando que se sentia cansado, depois de uma década à frente dos destinos do partido.
Em 2014 assinou um manifesto da esquerda espanhola a favor da unidade de Espanha e Catalunha, recusando a independência da região autonómica.
O primeiro secretário do Partido Socialista da Catalunha, Miquel Iceta, já lamentou a morte do histórico líder comunista, lembrando-o como um exemplo "para todos os que procuram justiça social".