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Taiwan apoia cidadãos de Hong Kong que desejem asilo

Taiwan abriu hoje um serviço para ajudar os cidadãos de Hong Kong que desejam estudar, fazer negócios, investir ou solicitar asilo na ilha em resposta à controversa lei de segurança imposta por Pequim, já em vigor.

Taiwan apoia cidadãos de Hong Kong que desejem asilo
Notícias ao Minuto

07:26 - 01/07/20 por Lusa

Mundo Taiwan

O novo serviço começou funcionar no dia em que Hong Kong marca o 23.º aniversário do regresso à soberania chinesa.

O Conselho de Assuntos Continentais da ilha informou a 18 de junho que o objetivo do serviço passa por responder "à imposição, pelo Partido Comunista da China, de uma lei de segurança em Hong Kong que criou inquietação na sociedade".

"O objetivo é fornecer serviços básicos e atendimento aos cidadãos de Hong Kong que vêm a Taiwan e precisam de assistência, bem como às empresas multinacionais e corporações internacionais que desejam mudar-se para Taiwan", anunciou o Conselho no anúncio do lançamento.

O projeto também espera "atrair capital e talento de Hong Kong para fortalecer e expandir o desenvolvimento económico de Taiwan", e é composto por três secções: "Serviços de consultoria", "Gestão de programas" e "Assuntos administrativos".

O novo centro, oficialmente nomeado de "Serviços e Intercâmbio entre Taiwan e Hong Kong", fica na sede da Fundação para a Democracia de Taiwan e faz parte do projeto da ilha "Ajuda Humanitária para Hong Kong".

O ministro do Conselho de Assuntos da China Continental, Chen Ming-tong, disse na terça-feira que o novo serviço de Taiwan serve para "apoiar a democracia e a liberdade em Hong Kong", disse a agência de notícias oficial, a CNA.

Segundo Chen, o projeto demonstra a "determinação e boa vontade do Governo de Taiwan em apoiar o povo de Hong Kong na proteção de sua democracia, liberdade e direitos humanos".

Promulgada na terça-feira pelo Presidente chinês, Xi Jinping, após ser adotada pelo Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, a nova lei permite punir quatro tipos de crimes contra a segurança do Estado: atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras que ponham em risco a segurança nacional.

A legislação promulgada na terça-feira por Pequim permite punir atividades separatistas, "terroristas", subversão ou até interferência estrangeira em Hong Kong, palco de protestos violentos pró-democracia em 2019, que resultaram em mais de nove mil detenções.

Os crimes contra a segurança nacional passam a ser passíveis de prisão perpétua em Hong Kong.

Hong Kong regressou à China em 1997 sob um acordo que garantia ao território 50 anos de autonomia e liberdades desconhecidas no resto do país, ao abrigo do princípio "Um país, dois sistemas".

Tal como acontece com Macau desde 1999, para Hong Kong foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judicial, com o governo central chinês a ser responsável pelas relações externas e defesa.

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