PGR rejeita pedido de Netanyahu sobre pagamento da assistência jurídica
O procurador-geral de Israel, Avichai Mandelblit, disse hoje opor-se ao pedido do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para que um rico apoiante norte-americano financie a sua defesa jurídica contra acusações de corrupção.
© Reuters
Mundo Israel
Netanyahu pediu a um comité de supervisão para permitir um donativo de 10 milhões de shekel (2,5 milhões de euros) de Spencer Partrich, uma magnata do imobiliário do Michigan, para financiar a sua equipa jurídica.
Como Partrich também é testemunha num dos casos, o comité solicitou a opinião do procurador-geral sobre o assunto.
Mandelblit respondeu não haver razão para conceder a Netanyahu esse "presente invulgar", especialmente porque o relacionamento de Partrich com Netanyahu remonta ao primeiro mandato deste na década de 1990.
"Mesmo que com o tempo se tenha desenvolvido uma amizade entre eles, o relacionamento foi construído com base numa relação entre um empresário rico e um político sénior, com tudo o que isso implica", escreveu na sua resposta.
A opinião de Mandelblit levará provavelmente o comité a rejeitar o pedido de Netanyahu e os seus apoiantes já criticaram a decisão do procurador-geral, considerando-a mais um episódio da "perseguição" ao chefe do governo.
O que Netanyahu pediu não é ilegal, mas o primeiro-ministro israelita está a ser julgado precisamente por ligações obscuras com empresários ricos, nota a agência noticiosa norte-americana Associated Press.
O julgamento de Netanyahu por fraude, suborno e abuso de poder em três casos diferentes de corrupção começou o mês passado e deverá continuar dentro de três semanas.
As acusações incluem a aceitação de 200.000 dólares (178.000 euros) em presentes, como charutos e champanhe, de dois milionários, o israelita Arnon Milchan, magnata do cinema em Hollywood, e o empresário australiano James Packer.
Netanyahu também é acusado de favorecer através de legislação empresários dos media em troca de uma cobertura mais positiva.
O primeiro-ministro declarou-se vítima de uma "caça às bruxas" e considerou as alegações de suborno infundadas, dizendo que aceitar presentes de amigos não é um problema.
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