Convocados pelas organizações 'Save the Kids' e 'Dreams Defenders', entre outras organizações civis, os manifestantes reuniram-se no Torch of Friendship Park, no centro de Miami.
Usando máscaras e nem sempre mantendo a distância de segurança estabelecida como medida de combate à pandemia de covid-19, caminharam em direção a uma esquadra de polícia próxima.
"Não nos matem" e "Parem estas perseguições", exigiram em coro perante alguns polícias que assistiam à manifestação.
A marcha também cantava a frase que se tornou um lema: "Não consigo respirar", as palavras que Floyd proferiu enquanto implorava ao polícia que o prendeu, Derek Chauvin, para o libertar.
George Floyd, que estava desarmado e não terá oferecido resistência à detenção, foi mantido contra o chão pelo polícia que lhe colocou um joelho no pescoço, o que acabaria por o matar.
Os manifestantes no centro da cidade de Miami empunhavam cartazes onde se lia "Os negros são amados" e "Vidas negras também contam".
Não houve registo de confrontos graves como os que ocorreram em outras manifestações nos Estados Unidos, que incluíram grandes cidades como Nova Iorque e Los Angeles.
Em todos os EUA, pelo menos duas pessoas morreram nos incidentes e dezenas ficaram feridas, algumas delas agentes da polícia, alvos da raiva dos manifestantes.
Entretanto, em Coral Gables, uma das cidades mais prósperas do condado de Miami-Dade, houve outro protesto com dezenas de manifestantes.
O prefeito de Miami, Francis Suarez, e o chefe da polícia da cidade, Jorge Colina, lançaram um "apelo à calma".
Colina criticou, na quarta-feira, a detenção de Floyd em Minneapolis, e garantiu aos subordinados que nenhum treino ensina uma ação tão "profundamente perturbadora".
O agente que prendeu Floyd foi detido sob a acusação de homicídio em terceiro grau e de homicídio involuntário.