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ONU pede à Venezuela para detalhar plano de combate à crise

Especialistas das Nações Unidas (ONU) pediram hoje ao Governo venezuelano que indique os planos para fazer frente aos "efeitos devastadores da crise económica sobre os direitos humanos" e instaram os Estados Unidos a levantar as sanções económicas.

ONU pede à Venezuela para detalhar plano de combate à crise
Notícias ao Minuto

14:05 - 06/05/20 por Lusa

Mundo ONU

"O Governo deve explicar imediatamente como pensa apoiar as pessoas" que, em muitos casos mal conseguem sobreviver, assinalam num comunicado os relatores especiais da ONU sobre a pobreza extrema, Olivier De Schutter, água e saúde, Léo Heller, e educação, Koumbou Boly Barry.

Os três indicaram que o Governo do Presidente Nicolás Maduro culpou as sanções internacionais pela crise humanitária , quando "a escassez de alimentos, a hiperinflação, cortes de energia e água, e o crescente desemprego precederam as restrições comerciais".

Contudo, os especialistas sublinharam que os Estados Unidos devem levantar de imediato as sanções, que continuam a causar um grave impacto nos direitos humanos do povo venezuelano, "especialmente à luz da pandemia do novo coronavírus".

Na atual crise sanitária, o sistema de saúde venezuelano está a colapsar, com muitos hospitais a lutarem para continuarem em funcionamento quando, em alguns casos, carecem de eletricidade ou água corrente.

No campo educacional, o documento recorda que a Venezuela perdeu milhares de professores e muitas crianças já não frequentam a escola porque não têm energia devido à falta de comida em casa ou porque não podem pagar transportes.

"Isto significa que a crise causa danos perduráveis à próxima geração", vincaram os especialistas.

Por outro lado, salientaram que o Programa Alimentar Mundial da ONU estima que um terço da população sofra de insuficiência alimentar e mostraram-se alarmados por relatos de que jornalistas, advogados e profissionais de saúde tenham sofrido represálias ou até sido presos por denunciar estes problemas económicos e sociais.

"Qualquer pessoa detida arbitrariamente deve ser libertada imediatamente e o Governo deve investigar estas acusações", afirmaram na nota.

Até hoje a Venezuela registou 367 casos confirmados da pandemia da covid-19 que já provocou 10 mortes no país.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 257 mil mortos e infetou quase 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios. 

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

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