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Iémen: Províncias recusam declaração de autonomia dos separatistas no sul

Autoridades de cinco províncias no sul do Iémen rejeitaram hoje a declaração de autonomia por parte dos separatistas naquela região do país, aumentando as tensões entre aliados da coligação liderada pela Arábia Saudita.

Iémen: Províncias recusam declaração de autonomia dos separatistas no sul
Notícias ao Minuto

16:39 - 26/04/20 por Lusa

Mundo Iémen

Os separatistas do Conselho de Transição do Sul declararam hoje a autonomia para aquela região do país, quebrando o acordo de paz com o Governo apoiado pela Arábia Saudita e complicando a longa guerra civil com os rebeldes huthis, que controlam grande parte do norte do Iémen.

O Governo afirmou hoje que autoridades civis e de segurança das províncias de Hadramawt, Abyan, Shabwa, al-Mahra, e a remota ilha de Socotra rejeitaram essa declaração, considerando-a um "claro golpe".

Algumas das províncias lançaram os seus próprios comunicados a condenar a declaração de autonomia pelos separatistas do Conselho de Transição do Sul, que é apoiado pelos Emirados Árabes Unidos, referiu a agência de notícias norte-americana Associated Press.

O especialista no conflito do Iémen, Peter Salisbury, da organização não governamental International Crisis Group, afirmou que as tensões entre o Governo apoiado pela Arábia Saudita e os separatistas têm crescido nos últimos meses, com ambos os lados a trocarem acusações de não cumprimento do acordo de paz.

Na sexta-feira, a coligação militar liderada pela Arábia Saudita, que apoia o Governo face aos rebeldes huthis, no norte, decidiu prolongar por um mês uma trégua unilateral para permitir ao país devastado pela guerra conter a pandemia de covid-19.

A trégua unilateral, anunciada a 08 de abril e com uma duração de duas semanas, não impediu a continuação dos combates no terreno entre as forças lealistas e os rebeldes huthis, apoiados pelo Irão, que rejeitaram o cessar-fogo.

Desde a intervenção da coligação em 2015, vários meses depois do início da guerra no ano anterior, o conflito causou dezenas de milhares de mortos, essencialmente civis, segundo as organizações não-governamentais, e causou a pior crise humanitário do mundo, de acordo com a ONU.

Cerca de 80% da população depende de ajuda humanitária.

Mais de três milhões de pessoas estão deslocadas devido ao conflito, muitas das quais em campos particularmente expostos ao risco de propagação de doenças, como o paludismo e a cólera.

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