Em 46 anos, é a primeira vez que o 25 de Abril não vai ser comemorado nas ruas devido à pandemia Covid-19. Mas mesmo que apenas à janela, Portugal não vai deixar de celebrar a 'Revolução dos Cravos', este sábado, estando previstas várias homenagens.

No Parlamento, a sessão solene do 25 de Abril, que já fez correr muita tinta, realizou-se com menos de cem pessoas entre deputados, convidados e funcionários,  contra as cerca de 700 pessoas do ano passado. Ainda assim, contou com discursos mais longos, já que, além de Ferro Rodrigues e Marcelo Rebelo de Sousa, falaram os representantes dos nove partidos com assento parlamentar.

"O 25 de Abril deve ser celebrado, mesmo este 25 de Abril, tão diferente dos outros", sublinhou o primeiro-ministro, numa mensagem divulgada no Twitter.

Mas as celebrações do 25 de Abril não ficam restritas ao hemiciclo. Há várias semanas que a Associação 25 de Abril, com a palavra de ordem 'Solta a Grândola que há em ti', tem apelado a que os portugueses cantem, às 15h00, "às janelas ou às varandas", a música 'Grândola, Vila Morena', de José Afonso, uma das senhas históricas da revolução, e de seguida o Hino Nacional. 

Este fim de semana vai ser ainda marcado por um reforço de operações de patrulhamento e fiscalização levadas a cabo pela PSP e GNR, para garantir o cumprimento das normas do estado de emergência, dando especial atenção aos aglomerados de pessoas e viaturas, designadamente, junto às praias. Ainda no que diz respeito a restrições de circulação, o chefe do Governo anunciou, ontem, que o Executivo vai decretar a proibição de deslocações entre concelhos no fim de semana prolongado de 1 a 3 de maio, tal como vigorou no período da Páscoa.

O Governo socialista está ainda a equacionar decretar a situação de calamidade pública por causa da crise sanitária, a partir de 3 de maio, quando cessar a vigência do atual período de estado de emergência em Portugal.

No que diz respeito à incidência da pandemia no país, de acordo om o boletim epidemiológico deste sábado, divulgado pela Direção-Geral da Saúde, o novo coronavírus já matou 880 pessoas em Portugal e infetou 23.392. São mais 595 infetados, uma variação de 2.61% em relação a ontem e mais 26 mortos nas últimas 24 horas. Lá fora, os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado em termos de número de mortes e de casos, com mais de 51 mil óbitos em mais de 890 mil casos de infeção. De seguida, está a Itália, depois Espanha, seguindo-se França e o Reino Unido

Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a Covid-19 em Portugal e no Mundo:

16h30 - Este registo terminou. Continue a acompanhar AQUI todos os desenvolvimentos sobre a Covid-19 no país e no mundo. 

16h24 - As autoridades sanitárias da Guiné-Bissau recomendaram hoje o prolongamento do estado de emergência no país no âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

16h13 - O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos considerou essencial que os hospitais retomem as consultas e cirurgias programadas que foram suspensas devido ao covid-19, mas sem relaxar as medidas de controlo e proteção da pandemia.

16h12 - EMEL distribuiu 4 mil máscaras este sábado em Lisboa. Ação aconteceu esta manhã junto à estação do Cais do Sodré e junto aos Mercados de Alvalade e Arroios.

16h09 - Sem planos? António Costa convida a celebrar o 46º aniversário do 25 de Abril na Residência Oficial, em São Bento: 

Esta tarde, estaremos online para celebrar o 46º aniversário do #25deabril na Residência Oficial, em São Bento. Estão todos convidados.Assista aqui, no https://t.co/V2HJzKQPro, na https://t.co/WXY3KhWhRp e https://t.co/hlidKJPv7A#25abrilemsaobento#25deAbrilSempre pic.twitter.com/uLBsJdh3WE

— António Costa (@antoniocostapm) April 25, 2020

16h04 - O campeonato polaco de futebol, suspenso devido à pandemia da covid-19, deverá regressar no final de maio, com jogos sem a presença de público, anunciou o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki. "Temos um plano preciso para o primeiro jogo da 'Ekstraklasa' [liga profissional de futebol na Polónia], que poderá acontecer em final de maio", disse o governante, após reunir com os ministros dos desportos e da saúde e com as entidades organizadoras.

15h58 - "No dia da Liberdade", o partido Livre deixou uma mensagem nas redes sociais reforçando "o compromisso em definir uma nova estratégia nacional e europeia mais afirmativa e visionária, com o objetivo de construirmos uma sociedade altamente desenvolvida e inclusiva, sem deixar ninguém para trás". 

15h55 - As associações do setor da restauração defendem o controlo da temperatura de trabalhadores e clientes como medida de prevenção da covid-19 mas não o registo dos dados recolhidos o que, acreditam, permitirá ultrapassar eventuais ilegalidades.

15h43 - Itália vai utilizar testes serológicos, que servem para detetar se uma pessoa desenvolveu anticorpos à Covid-19, a partir de 4 de maio, quando o país iniciar a reabertura após quase dois meses de confinamento.

15h38 - Em direto para o país, sobre o 46.º aniversário do 25 de Abril, Jerónimo de Sousa destacou que o PCP, "a nível nacional, vai ter manifestações neste sentido, procurando assim, com as limitações já conhecidas e medidas de distanciamento social".

O líder dos comunistas, considerou ainda "importantíssima a comemoração e a celebração de Abril (...), desse Abril que significa Serviço Nacional de Saúde, desse Abril que significa Escola Pública, Segurança Social, liberdades, direito ao trabalho, direito a ter direitos". "Não deixaremos de celebrar aquele que foi o ato mais moderno e avançado da nossa época contemporânea", acrescentou. 

15h29 - Alguns hospitais retomam as consultas programadas em 4 de maio. Alguns hospitais vão retomar as consultas programadas já na semana que se inicia em 4 de maio, anunciou hoje a ministra da Saúde, Marta Temido, que salientou ser "impossível" sair da situação de pandemia da covid-19 "sem cicatrizes".

15h24 - Após ter cantado a 'Grândola, Vila Morena', Catarina Martins não escondeu que, apesar de todos os esforços, sente "a falta que faz hoje sairmos à hoje". "Hoje é aquele dia em que pessoas descem avenidas e encontram pessoas que não conhecem e sentem que estão a festejar e a comungar a liberdade. Isso é muito importante, mas hoje não é possível. Estar à janela a cantar todos à mesma hora é a forma de dizer que, mesmo no confinamento, estamos todos uns com os outros, celebramos a democracia, a liberdade que é também aquilo que nos dará os instrumentos para ultrapasar-mos esta crise", sublinhou.

15h13 - Vários partidos já reagiram ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa durante a sessão solene do 25 de Abril no Parlamento: 

• O líder parlamentar do CDS, Telmo Correia, defendeu que o Presidente da República "gastou muito tempo" a tentar justificar a celebração do 25 de Abril no parlamento, rejeitando contudo que exista "uma divergência" com o chefe de Estado.
• A coordenadora do BE, Catarina Martins, congratulou o "Presidente da República por vir ao parlamento incentivar toda as forças políticas aqui representadas a terem capacidade de fiscalização do que está a acontecer no país e capacidade de projeto político.
• Já a líder parlamentar do PAN lamentou que o chefe do Estado tenha, no seu discurso, "optado por alimentar" a polémica em torno da sessão solene que comemora o 46.º aniversário da revolução democrática. 
• O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, elogiou o discurso do Presidente da República em defesa das funções do parlamento no atual período de estado de emergência e destacou o papel da União Europeia para o relançamento económico.
• Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, admitiu convergências com Marcelo quanto à importância das comemorações do 25 de Abril e divergências devido sobre a resposta a dar à pandemia de covid-19.
• O deputado único do Chega, André Ventura, considerou que o discurso do chefe de Estado na sessão solene acentuou a divergência já existente sobre o modelo de comemoração.
• E 'Os Verdes' elogiaram a intervenção do Presidente da República, mas advertiram que lhe "ficaria bem" ter elogiado o SNS no combate à pandemia de Covid-19.

15h08 - Espanha é país com mais profissionais de saúde infetados com Covid-19. Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças divulgou estatística que dá conta de que 20% do total de casos foi confirmado junto dos profiissionais sanitários.

15h07 - Os testes de diagnóstico à Covid-19 realizados a utentes e funcionários no lar Nossa Senhora D'Alva, em Aljezur, no distrito de Faro, deram todos resultados negativos, anunciou hoje a Câmara do concelho algarvio.

15h03 - O número de infetados pelo novo coronavírus já ultrapassou os 2,8 milhões e provocou a morte de mais de 197.000 pessoas em todo o mundo, desde que surgiu em dezembro na China, segundo um balanço da AFP às 11h00.

14h54 - Junior Sambia, atleta do Montpellier diagnosticado com Covid-19, foi colocado em coma induzido devido à infeção.

14h34 - Testes serológicos? “Estamos a fazer um caminho de aprendizagem". Sobre o projeto-piloto, que o Instituto Ricardo Jorge está a preparar, para submeter a testes serológicos a cerca de dois mil portugueses, Graça Freitas reiterou, ainda em conferência de imprensa, o grande desconhecimento que a comunidade científica tem ainda sobre a imunidade ao novo coronavírus. “Estamos a fazer um caminho de aprendizagem destes testes serológicos, sendo que, à data, nós não conseguimos, com segurança, interpretar estes resultados. 

14h32 - Mais um dia negro para o Reino Unido. Depois desta sexta-feira terem sido registadas mais 768 mortes, cifrando-se o total em 19.506, este sábado o Reino Unido ultrapassou a marca dos 20 mil óbitos por Covid-19. 

14h24 - Menos 185 mil urgências até ao final de março. Ainda em conferência de imprensa, Marta Temido divulgou que, até ao final de março, foram realizadas cerca de menos 325 mil consultas de cuidados de saúde primários e menos 360 mil consultas de enfermagem nos cuidados de saúde primários. Houve ainda um decréscimo de cerca de 181 mil consultas médicas hospitalares, nove mil cirurgias e uma diminuição de 185 mil episódios de urgência. Sobre esta questão, a governante admitiu querer "estimular o recurso às consultas não presenciais, ainda mais e torná-las uma prática ainda mais comum”.

14h19 - Num momento em que a República Islâmica do Irão assinala o primeiro dia do Ramadão, o Ministério da Saúde anunciou mais 76 mortes, que elevam para 6.650 o número de vítimas mortais contabilizado no balanço oficial no Irão.

14h17 - O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu hoje que o "poder político" não pode "tentar justificar o injustificável", mantendo as críticas à realização da sessão solene do 25 de Abril no parlamento.

14h13 - O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, quis hoje associar-se à "celebração da democracia e da liberdade em Portugal", saudando que, "apesar das dificuldades" relacionadas com a pandemia de covid-19, se festeje o "Estado democrático" no país.

14h06 - Durante a conferência de imprensa, Graça Freitas, ainda sobre a polémica das comemorações do 25 de Abril, no Parlamento, disse que "a Assembleia da República hoje deu um exemplo de como se pode compatibilizar a comemoração de uma data importante para o nosso país com regras de controlo de infeção, com regras de segurança, com regras de proteção da saúde”, acabando mesmo por elogiar o “excelente” plano de contingência do Parlamento.

14h04 - Miami sem homicídios durante sete semanas pela primeira vez desde 1957. Com Estados Unidos em alerta por causa do novo coronavírus, taxas de criminalidade estão a baixar em todo o país.

14h01 - O Ministério da Saúde de Cabo Verde anunciou hoje dois novos casos de Covid-19 no arquipélago, elevando o total de infetados no país para 90, diagnosticados desde 19 de março.

13h56 - "Temos de aprender a viver com a Covid-19". Marta Temido, ainda na conferência de imprensa diária, salientou que “na última semana temos trabalhado intensamente na preparação de um eventual desconfinamento”, mas recordou que “a curto e médio prazo, não vamos erradicar a doenças e temos de aprender a viver com a SARS-COV-2. Toda a agenda que está em construção, a preparação que está a ser feita não significa que o problema está ultrapassado, apenas começamos a antecipar a luz ao fundo do túnel, mas ainda não lá chegamos”.

13h51 - Os Açores não registaram nas últimas 24 horas casos positivos de Covid-19, pelo terceiro dia consecutivo, tendo sido detetados até hoje no arquipélago um total de 138, informou a Autoridade de Saúde Regional.

13h37 - Na conferência de imprensa, de hoje, sobre a incidência da pandemia em Portugal, Marta Temido anunciou que há uma mudança no critério para dar um doente como recuperado. Agora, “está livre de doença quem tenha tido os seus sintomas resolvidos, ultrapassados" e, simultaneamente, tenha testado negativo para a Covid-19. A diferença face à situação anterior, para doentes que não tenham tido internamento hospitalar, é um teste negativo após 14 dias depois do início de sintomas. 

13h35 - Os resultados dos testes ao plantel da equipa principal do Sporting de Braga por causa da pandemia de Covid-19 foram negativos, revelou hoje o clube minhoto, terceiro classificado da I Liga de futebol.

13h28 - O número de mortes provocadas pela Covid-19 em África subiu para 1.331 nas últimas horas, com 29.053 casos da doença registados em 52 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

13h26 - À saída do Parlamento, o antigo Presidente da República António Ramalho Eanes considerou hoje que "teria sido bom que não tivesse havido este combate" em torno das comemorações do 46.º aniversário da revolução de 25 de Abril de 1974.

13h21 - A companhia aérea Singapore Airlines prolongou a suspensão de praticamente todos os seus voos até junho, devido às restrições implementadas para impedir a propagação da pandemia da Covid-19, foi hoje conhecido.

13h13 - De acordo om o boletim epidemiológico deste sábado, divulgado pela Direção-Geral da Saúde, o novo coronavírus já matou 880 pessoas em Portugal e infetou 23.392. São mais 595 infetados, uma variação de 2.61% em relação a ontem e mais 26 mortos nas últimas 24 horas, isto é, uma variação de 3.04%.

13h11 - Prisioneiros amotinam-se na Argentina: "Não queremos morrer na prisão". Detidos do estabelecimento prisional de Devoto, em Buenos Aires, pedem condições sanitárias face a casos positivos no interior do recinto. Veja as imagens AQUI. 

12h59 - O Presidente da República participou na entrega de alimentos aos carenciados em Belém, numa iniciativa já repetida pelas forças armadas portuguesas. Porém, acabou de falar sobre o alívio das medidas de confinamento previstas para a próxima semana.

"Não queria estar a comentar essa matéria, mas os portugueses são um povo muito sábio e têm noção que, por estarmos em Estado de Emergência, significa que é necessário estarmos em confinamento. Depois de ultrapassada a emergência continua a ser necessário atenção e contenção para evitar recuos", lembrou, dizendo que houve países na Ásia em que houve uma perturbação do processo de abertura e "tiveram de recuar".

12h27 - O primeiro-ministro afirmou hoje que "sempre" salientou que o estado de emergência decretado em Portugal por causa da pandemia de covid-19 não suspende a democracia, numa alusão à controvérsia sobre o papel do parlamento neste período.

12h20: A Itália celebra hoje o 75.º aniversário da libertação do fascismo em 1945 com a população confinada em suas casas pela pandemia da covid-19, que já causou quase 26 mil mortes no país.

11h48 - Ouve-se o hino na Assembleia da República, para encerrar a sessão solene comemorativa do 25 de Abril no Parlamento. 

11h46 - A Organização Mundial da Saúde disse este sábado que "atualmente não há evidências" de que as pessoas que se recuperaram do coronavírus estejam protegidas de uma segunda infeção.

11h40  - "Num momento da vida do país que exige convergência perante desafios tão graves (...) Esta hora impõe-nos unidade. Unidade que não é unicidade nem unanimismo. Mas unidade entre os portugueses", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

11h36 - Open da Austrália pode só regressar em 2022.

11h38 - Espanha registou 378 novas mortes por coronavírus, totalizando, desta forma, 22.902 pessoas que perderam a vida desde o início da pandemia.

11h23 - Lembrando as conquistas alcançadas com o 25 de Abril, a socialista Ana Catarina Mendes afirmou que os deputados não poderiam "estar noutro local que não no Parlamento para assinalar os 46 anos do 25 de abril". 

"Nunca, nestes 46 anos como no último mês e meio, a democracia foi tão colocada à prova", destacou. 

11h15 - "Portugal não tem a democracia suspensa, tem a democracia bem presente, ao demonstrar que ela encerra, em si mesma, mecanismos de funcionamento capazes de responder com eficácia a uma circunstância única e absolutamente excepcional", apontou Rui Rio. 

Na sua intervenção, o líder social-democrata alertou para a possibilidade de "uma segunda onda da pandemia daqui por poucos meses". "Impõe-se, por isso, que o país se prepare para esta eventualidade, porque a economia portuguesa não resistirá a uma nova paragem idêntica aquela que estamos a viver (...) As falhas que da primeira vez existiram não poderão ser repetidas", sustentou deixando a mensagem ao Governo de que "no próximo inverno" o SNS terá de ter "uma maior capacidade de resposta, sob todos os pontos de vista" e que o país deve estar preparado para uma segunda vaga da Covid-19. 

11h10 - Recordando as vítimas provocadas pelo novo coronavírus no país e agradecendo aos trabalhadores que se encontram na linha da frente de combate ao Covid-19, Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, também sublinhou a importância do SNS, um "filho do 25 de Abril".

"A pandemia não descontinuou a Constituição nem cerra as portas que Abril abriu. (...) [Esta crise] Mostrou como o direito à protecção da saúde é absolutamente central", argumentou. 

"Hoje, momento em que mostramos que o 25 de Abril não ficou em suspenso nem adiado lembramos que não há noite que não acabe. E que há noites que dão lugar a dias inteiros e limpos. Assim terá de ser, novamente, com pandemia e a crise económica", acrescentou. 

11h07 - Nas últimas 24 horas, a Bélgica contabilizou 241 novas mortes e 1.032 casos de infeção pelo novo coronavírus. No total o páis soma 6.917 mortes e 45.325 infetados com Covid-19.

11h03 - Jerónimo de Sousa, líder do PCP, iniciou a sua intervenção salientando a importânica da celebração do 25 de Abril nos tempos que correm: "Em nenhum momento difícil da nossa vida colectiva, mesmo enfrentando as maiores dificuldades e transportando as mais densas inquietações podemos deixar de viver e celebrar Abril", afirmou aludindo às recentes críticas contra a sessão solene. 

"Se há momento em que o 25 de Abril não pode ser apagado é este, para confirmar e reafirmar a importância do seu projecto libertador e a actualidade dos seus valores e dos seus ideais de liberdade, emancipação social e nacional", vincou acrescentando: "Sim, impunha-se estar aqui, para exaltar a determinação do nosso povo que ama a liberdade".

Recordando que "vivemos tempos difíceis", o dirigente dos comunistas apontou que "não é inevitável que o surto epidémico se traduza em regressão na vida dos trabalhadores". "São os valores de Abril que podem iluminar os caminhos de Portugal", defendeu. 

10h59 - Telmo Correia, líder parlamentar do CDS, tal como André Ventura, começou por lembrar que o partido discordou da cerimónia que decorre neste momento, no Parlamento, lamentando de seguida as críticas apontadas a posição tomada.  "Não aceitamos lições de democracia de ninguém. Com esta cerimónia, o poder político está a dizer que não respeita o que exigiu ao povo", disse.

10h58 - O Governo dos Açores diz que o caminho de saída da situação provocada pela covid-19 é "longo, árduo e demorado", dividindo a resposta à pandemia em dois momentos de auscultação da sociedade regional.

10h52 - Inês Sousa Real, líder parlamentar do PAN, começou por apontar que "evocar Abril em 2020 tem de ir além da homenagem aqueles que fizeram a história". "Apesar de o caminho até aqui feito, nem todas as pessoas têm a mesma dignidade social ou são tratadas como iguais", sustentou referindo as desigualdades de género ainda presentes no país, a falta de combate à pobreza, a falta de "acesso à Justiça", as dificuldades do Serviço Nacional de Saúde e, entre outras questões, ao caminho que ainda há que percorrer no que diz respeito aos direitos dos animais. 

"À Democracia, de pouco ou nada servirão cerimónias e demais simbologias, que se mostrem alheadas das aspirações e preocupações das pessoas e muito menos das consequências da actual crise sanitária, económica, social e ambiental, ditada por uma doença silenciosa e desconhecida", sublinhou ainda a parlamentar. 

10h41 - De seguida, José Luís Ferreira, em nome dos 'Os Verdes', começou por salientar a importância do 25 de Abril na atualidade: "Hoje é o dia de não deixar desvanecer a importância da liberdade e da democracia", afirmou o deputado.

Declarando que "fascismo nunca mais", José Luís Ferreira recordou que foi a 'Revolução dos Cravos' que trouxe o Serviço Nacional de Saúde (SNS), denotando que este foi "enfraquecido" pelos últimos Governos socias-democratas. "Aì o temos, a servir de escudo nesta pandemia (...) Como seria lidar com o coronavírus sem o nosso SNS?", questionou.

Por fim, o parlamentar apelou a que "maio sinalize um recomeço": "É preciso achatar a curva da desigualdade, da distribuição da riqueza produzida".

10h36 - "Não devíamos estar aqui hoje porque os portugueses não puderam estar ao lado dos que perderam. (...) Arrisco dizer que a maioria dos portugueses não queriam que estivéssemos aqui", sublinhou André Ventura, líder e deputado único do Chega, marcando na sessão solene no hemiciclo a posição que tem vindo a manifestar nas últimas semanas. 

Apelando a um "novo 25 de Abril", André Ventura questionou: "De que vale termos um 25 de Abril se isso compromete a prazo a nossa liberdade? (...) Se continuamos a libertar bandidos e a maltratar as nossas forças de segurança e os nossos magistrados? De que vale pormos cravos ao peito se temos cada vez mais impostos?", sustentou.

10h30 - Vários virologistas alemães alertaram para o perigo de haver uma segunda vaga da pandemia de covid-19, com consequências provavelmente mais graves, e pediram para não se baixar a guarda.

10h29 - Passando a palavra aos líderes parlamentares, João Cotrim, dirigente e deputado único da Iniciativa Liberal (IL), foi o primeiro representante dos partidos a intervir. Cotrim leu um discurso transformado numa carta ao filho, que celebra hoje 18 anos: "Graças ao 25 de Abril, nasceste num país verdadeiramente livre, mas não nasceste num país próspero", começou por denotar. 

"Foi para isto que se fez o 25 de Abril: Para te libertar de uma ditadura, sim, mas acima de tudo, para te libertar de tudo e de todos os que não te deixam procurar aquilo que livremente desejas", afirmou o líder da IL, visivelmente emocionado. 

10h25 - Andreia Ribeiro abdicou da prática clínica para se centrar numa única doença a partir de casa, monitorizando o estado de saúde de todas as crianças que entram no Centro Hospitalar de Gaia/Espinho (CHVNG) e fazem o teste à covid-19.

10h23 - Na sua intervenção, o presidente da Assembleia da República sublinhou o trabalho realizado pelos profissionais de saúde e aos militares, agradecendo o seu contributo durante este período de crise. 

"De uma coisa estou certo, Portugal e os portugueses estão vacinados contra a austeridade. Resta saber se a vacina tem eficácia", apontou.

10h16 - O Parlamento fez hoje um minuto de silêncio pelas vítimas da covid-19, depois de o presidente da Assembleia da República ter formulado esse pedido logo no início do seu discurso na sessão comemorativa do 25 de Abril.

10h15 - Recordando que mesmo em estado de emergência é preciso celebrar a liberdade, Ferro Rodrigues saudou, de seguida, o Parlamento que "manteve intactos os seus poderes, determinantes para a resposta a esta crise".

"Desde 3 de Junho de 1976, a Assembleia da República está em pleno funcionamento. Hoje não foi excepção, hoje não é excepção. A liberdade não está só a passar por aqui: A liberdade é aqui e agora", declarou. 

10h06 - Após a reprodução do Hino Nacional, o presidente da Assembleia da República foi o primeiro a discursar. Com um cravo ao peito, Ferro Rodrigues começou por falar da crise sanitária que Portugal enfrenta, lamentando as consequências da pandemia no país, pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da pandemia no país.

"Nesta hora difícil que vivemos, os nossos pensamentos estão com todos aqueles que perderam amigos e familiares. Para todos eles, uma palavra de esperança. (...) Peço que cumpramos um minuto de silêncio", afirmou, tendo o plenário cumprido de pé. 

10h05 - Já começou a sessão solene do 25 de Abril no Parlamento.

10h00 - As ilhas das Flores, Corvo e Santa Maria não registaram casos de Covid-19 até agora. Mas não baixam a guarda. A Lusa lançou, este sábado, uma reportagem sobre cada uma das ilhas que se mantêm a salvo da pandemia.

9h57 - Marcelo Rebelo de Sousa já chegou ao Parlamento, como é hábito o Presidente da República é o último a chegar à sessão solene do 25 de Abril. António Costa e Ferro Rodrigues também já estão em São Bento. 

9h50 - Já chegaram alguns convidados à Assembleia da República. Francisco Louçã, conselheiro de Estado, Ramalho Eanes, antigo Presidente da República, o cardeal-patriarca D. Manuel Clemente, Manuel Magina da Silva, director nacional da PSP, Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP-IN, Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira são alguns dos convidados que já se encontram no hemiciclo. 

9h33 - Índia abranda restrições ao comércio a partir de hoje. O Governo da Índia permite, a partir de hoje e após um mês de confinamento total, a abertura dos pequenos estabelecimentos de bairro, mesmo que não vendam produtos essenciais e sob restritas normas de segurança e distanciamento social.

9h26 - O Governo timorense clarificou hoje que Timor-Leste continua com 22 casos ativos de covid-19, explicando que o balanço de seis casos considerados recuperados inclui quatro pacientes que eram considerados "prováveis".

9h22 - O capitalismo incapacitou governos de responder à emergência sanitária. O sociólogo Boaventura de Sousa Santos publicou um ensaio em que reflete sobre como a pandemia Covid-19 veio revelar que o capitalismo neoliberal incapacitou o Estado de responder a emergências, e que a natureza consegue defender-se da ação humana.

9h13 - A Praça da República de Ovar está hoje decorada com 35 cravos gigantes em homenagem às vítimas mortais de Covid-19 do município do distrito de Aveiro, que esteve um mês em estado de calamidade pública devido à pandemia. "É a nossa singela homenagem, às suas famílias, a quem desejamos força, neste momento difícil. 25 de Abril, sempre!", escreveu o autarca Salvador Malheiro, nas redes sociais. 

9h09 - A Alemanha voltou este sábado a sentir um 'alívio' no que diz respeito ao número de mortes por Covid-19. Depois de ontem terem sido registados 227 óbitos, este valor voltou a descer, cifrando-se nas últimas 24 horas em 179. No total, o país já viu habitantes 5.500 pacientes perderem a vida para o novo coronavírus. Desde o início da pandemia no país, os germânicos contabilizam agora 152.438 infetados.

8h48 - "É necessário cuidado no regresso à atividade, mas também ganhar imunidade". O investigador da Unidade de Investigação Epidemiológica do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Baltazar Nunes, defendeu hoje que é necessário algum cuidado e contenção quando o país retomar gradualmente a atividade para evitar um crescimento exponencial da covid-19, mas defendeu ser importante que a população ganhe imunidade.

"Indivíduos abaixo dos 70 anos ou indivíduos sem comorbilidades, em que a maior parte deles apresenta sintomatologia muito leve e alguns até assintomáticos, seria importante que houvesse algum ganho de imunidade na população sem que isso entrasse em descontrolo e que levasse a que os outros grupos da população fossem atingidos e a epidemia ficasse mais descontrolada", apontou.

8h45 - Depois de um mês de confinamento, os portugueses consideram ter menos risco de infeção pelo novo coronavírus e demonstram maior confiança na capacidade de resposta dos serviços de saúde e do Governo, segundo o Barómetro Covid-19.

8h42 - Restaurantes vão pedir a clientes para medir febre e lavar mãos. Clientes sentados com distâncias seguras, desinfeção das mãos à entrada do restaurante, medição da temperatura corporal e realização de testes Covid-19 aos trabalhadores são as algumas regras que a restauração propôs ao Governo para o pós estado de emergência.

8h41 - China sem mortos relacionados com a Covid-19 pelo décimo dia consecutivo. A China voltou a não relatar qualquer morte causada pela covid-19, o que acontece pelo décimo dia consecutivo, de acordo com o balanço diário realizado hoje pelas autoridades.

8h39 - A Fundação Champalimaud e o Algarve Biodemical Center vão fazer testes serológicos no âmbito da pandemia de Covid-19 a um conjunto de 1.235 pessoas de serviços essenciais do concelho de Loulé, anunciou hoje a Fundação.

8h30 - Estudo sobre imunidade no Ricardo Jorge alargado a menores de 10 anos. O inquérito piloto para conhecer o nível de imunidade ao novo coronavírus em Portugal arrancará em maio e vai envolver 2.070 pessoas, entre as quais 350 crianças até aos 10 anos, avançou à Lusa um investigador do INSA.

8h21 - Especialista diz que vírus 'desaparece' passados 70 dias. Isaac Ben-Israel, matemático chefe do programa de Estudos de Segurança da Universidade de Tel Aviv, defende que padrões mostram que número de infeções decresce gradualmente após vírus se instalar numa comunidade.

8h15 - O secretário-geral das Nações Unidas e antigo primeiro-ministro, António Guterres, afirma ter "enorme admiração" pela forma como os portugueses estão a enfrentar a pandemia de Covid-19, considerando que demonstraram elevada maturidade e capacidade de esforço coletivo.

8h10 - As autoridades de saúde timorenses anunciaram hoje que o número de casos recuperados da covid-19 triplicou, para seis, mantendo-se ativos 18 casos positivos e estando em quarentena mais de 420 pessoas.

8h05 - A DGS revogou um contrato para aquisição de equipamentos de proteção individual, na sequência da pandemia, com a empresa FHC -Farmacêutica de mais de 19,6 milhões de euros, devido à "incerteza no fornecimento" deste material.

8h00 - O Governo está a equacionar decretar a situação de calamidade pública por causa da pandemia de Covid-19 a partir de 3 de maio, quando cessar a vigência do atual período de estado de emergência em Portugal.