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Erdogan apresenta queixa contra apresentador por críticas a discurso

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, apresentou hoje uma queixa-crime contra o principal apresentador do canal turco Fox TV, Fatih Portakal, por criticar nas redes sociais um discurso seu sobre o novo coronavírus.

Erdogan apresenta queixa contra apresentador por críticas a discurso
Notícias ao Minuto

12:52 - 07/04/20 por Lusa

Mundo Turquia

Concretamente, a queixa apresentada por Erdogan e pela Agência de Regulação e Supervisão Bancária (BDDK) acusa o moderador de "publicar mensagens falsas nas redes sociais com o objetivo de manipular a opinião pública" e partilhar "mensagens falsas sobre o sistema bancário e fiscal", informou a emissora NTV.

Uma mensagem no Twitter de Portakal faz referência a um discurso de Erdogan na segunda-feira sobre o coronavírus, em que o presidente recorda que durante a guerra da independência turca na década de 1920 "40% dos alimentos e roupa foram confiscados" através de um decreto.

"Pergunto-me se, recordando o decreto, também pedirão aos que têm depósitos e poupanças, dizendo 'Estamos a passar dias difíceis'. Infelizmente, não posso dizer que não acontecerá", escreveu Potakal naquela rede social.

Pelo menos sete jornalistas foram detidos no último mês na Turquia devido a reportagens ou publicações nas redes sociais sobre o novo coronavírus.

O Ministério do Interior turco anunciou na segunda-feira à noite que outras 229 pessoas foram detidas na última semana sob a acusação de terem divulgado mensagens "provocadoras" relacionadas com a pandemia de covi-19.

Nas últimas três semanas foram detidas 639 pessoas pela mesma razão.

A Turquia regista 30.217 casos de infeção e 649 mortos, segundo o último balanço do Ministério da Saúde, mas nas redes sociais circulam mensagens que levantam dúvidas sobre os números, indicando que a dimensão da pandemia é consideravelmente maior.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 73 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 250 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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