EUA dizem que troca de prisioneiros é urgente por causa da Covid-19
O enviado dos EUA no Afeganistão considerou hoje que se tornou "urgente", face à pandemia, a troca de prisioneiros entre o Governo afegão e os talibãs, prevista no acordo entre Washington e os rebeldes, mas que nunca se realizou.
© Reuters
Mundo Afeganistão
Um acordo, assinado em 29 de fevereiro entre os Estados Unidos e os talibãs, previa a libertação de até cinco mil rebeldes detidos pelo Governo de Cabul e até mil membros das forças afegãs detidos por insurgentes.
Contudo, o Governo afegão recusou-se a aceitar as libertações antes de negociações diretas com os talibãs, o que os rebeldes nunca aceitaram, inviabilizando a troca de prisioneiros.
Hoje, o enviado dos EUA ao Afeganistão, Zalmay Khalilzad, disse que a troca de prisioneiro é "urgente", como forma de travar a propagação do novo coronavírus na região.
"Nenhum prisioneiro foi libertado, apesar do compromisso expresso pelos dois lados nesse sentido", disse Khalilzad, usando a sua conta na rede social Twitter.
O enviado dos EUA pediu a retoma de negociações entre o Governo afegão e os talibãs sobre o tema das trocas de prisioneiros, prometendo colaborar pessoalmente nessas conversas, mesmo que elas se efetuem por videoconferência, para prevenir o contágio do vírus.
Khalilzad também pediu aos talibãs para evitarem "declarações públicas provocadoras".
O acordo entre os EUA e os talibãs permite a retirada gradual de todas as forças norte-americanas e estrangeiras no Afeganistão, nos próximos 14 meses, em troca de promessa dos rebeldes de combate ao terrorismo na região.
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