EUA condenam expulsão da China de três jornalistas do Wall Street Journal

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, condenou hoje a decisão do governo chinês de revogar o visto de trabalho de três jornalistas do The Wall Street Journal, num novo episódio de tensão entre os dois países.

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Lusa
19/02/2020 19:11 ‧ 19/02/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

"Os Estados Unidos condenam a expulsão pela China de três correspondentes estrangeiros do Wall Street Journal", disse o chefe de diplomacia americana, em comunicado.

Na terça-feira, o departamento dirigido por Pompeo anunciou restrições a cinco meios de comunicação estatais chineses nos Estados Unidos por considerar fazerem "propaganda" do Partido Comunista da China. Horas depois, o executivo chinês informou da saída dos três jornalistas do Wall Street Journal.

Pequim alega que a expulsão surge em consequência de uma publicação, no dia 3 de fevereiro, de um artigo de opinião que foi considerado depreciativo, intitulado "A China é o Verdadeiro Homem Doente da Ásia", que questiona a resposta do executivo chinês à epidemia do coronavírus Covid-19.

A expressão "homem doente da Ásia" é associada na China ao período de ocupação estrangeira, entre o final do século XIX e início do século XX, quando as potências ocidentais o usavam para se referir às pobres condições de higiene e saúde no país.

Pompeo considerou hoje que "os países maduros e responsáveis entendem que uma imprensa livre informa sobre factos e expressa opiniões".

"A resposta correta é apresentar argumentos contrários, não é restringir o discurso. Os Estados Unidos esperam que o povo chinês desfrute do mesmo acesso à liberdade de expressão e do mesmo acesso à informação precisa que os americanos desfrutam", acrescentou.

O governo chinês pediu à administração norte-americana que reconsidere as restrições impostas a cinco meios de comunicação estatais chineses: a agência Xinhua, a televisão CGTN, a rádio China Radio International e os jornais China Daily e Diário do Povo.

A relação entre China e EUA deteriorou-se, nos últimos anos, com Washington a definir o país como a sua "principal ameaça" e a apostar numa estratégia de contenção das ambições chinesas, que ameaça bipolarizar o cenário internacional.

 

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