Ministra da Saúde candidata-se à Câmara de Paris pelo partido de Macron
A ministra da Saúde francesa, Agnès Buzyn, anunciou hoje a candidatura a presidente da Câmara de Paris, para substituir Benjamin Griveaux, o candidato do partido do presidente Macron que se afastou após a divulgação de um vídeo de cariz sexual.
© Getty Images
Mundo França
Griveaux, candidato às eleições autárquicas em Paris pelo movimento A República em Marcha, do presidente francês, Emmanuel Macron, abandonou a corrida na sexta-feira, depois da divulgação de um vídeo com imagens de conteúdo sexual destinadas a uma mulher.
As imagens foram divulgadas num site da Internet registado em nome de Piotr Pavlenski, artista russo refugiado em França, que assumiu a responsabilidade da iniciativa, justificando-a por querer "denunciar os altos funcionários e representantes políticos que mentem aos seus eleitores e impõem à sociedade o puritanismo que eles desprezam".
"Vou para ganhar!", disse hoje a atual ministra da Saúde, que explicou que abandonará o governo francês para se candidatar às eleições autárquicas de Paris, que se realizam no dia 15 de março, pelo partido do presidente Emmanuel Macron.
Agnès Buzyn, de 57 anos, é médica de formação e entrou para a pasta da Saúde em maio de 2017, depois de ter feito carreira como professora universitária e especialista na área da hematologia.
Na passada sexta-feira, enquanto a campanha eleitoral do município de Paris foi surpreendida com a renúncia de Griveaux, com uma reação de condenação quase unânime da classe política contra a difusão das imagens, o artista russo Pavlenski reivindicou a autoria da iniciativa de violação da privacidade do candidato.
Em entrevista ao jornal Libération, o artista defendeu a decisão de divulgar no seu 'site' o vídeo em que Griveaux aparece a masturbar-se, alegadamente destinado à sua amante, e apontou a sua "perigosa hipocrisia".
Para Pavlenski, Griveaux é um político "cínico", porque o seu comportamento sexual revelado pela gravação não corresponde à imagem que ele queria dar na campanha, na qual usou a sua mulher para obter votos.
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